XLVIII - A máfia das trevas

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Julian adentrara seu escritório no Mysteria Noctis acompanhado por Scarlett e pela secretária logo atrás. Após nomear a loira como Diretora de Marketing da Corporação BloodLine em rede mundial pela internet, a repórter precisara trocar o número de seu telefone pessoal, bem como aumentar sua segurança.

Uma coisa era ser aquela que transmitia notícias sobre os laboratórios, além de fofocas sobre a vida pessoal do CEO. Outra coisa era o mundo todo sabendo que ela tinha acesso a informações sigilosas do conglomerado.

De repente, Scarlett se sentia na pele das celebridades de quem tanto falava. Por um lado, o luxo de receber tudo o que desejava em mãos apenas solicitando à secretária era maravilhoso. Por outro, era terrível pensar que não poderia mais ir ao cinema sem o risco de algum paparazzi a emboscar.

E esse era o menor dos problemas. Havia ameaças muito maiores.

Era impossível esquecer o atentado contra Hannah, tampouco seus terríveis efeitos colaterais. Mesmo semanas após o ocorrido, Scarlett ainda não era capaz de encarar a filha nos olhos. Hannah fora hipnotizada para esquecer a dor, para esquecer a verdade. Ela, no entanto, jamais se esqueceria.

Se sentia responsável pelo trágico destino que acometera Caleb. Sabia que era impossível ter previsto o incidente, era algo fora de seu poder. Contudo, ela os trouxera para aquele mundo, a própria filha e o rapaz.

Quantos mais acabariam daquela forma? Seus pais? Suas irmãs? Herald?

Procurava ocupar a mente, não pensar demais naquilo. Uma noite tranquila sem a ajuda dos comprimidos parecia ser algo que não mais aconteceria.

—O laboratório da Hungria foi atacado – dissera a ruiva, rompendo o silêncio na sala – Foi uma operação rápida, vinte e cinco mortes humanas, dois vampiros, nenhum registro nas câmeras de segurança. Não conseguiram levar nada, mas destruíram a instalação. Trabalho de profissionais.

Julian estava de costas para as mulheres, olhando para a noite pela enorme janela do escritório. Tinha as duas mãos nos bolsos e estava em silêncio. Parecia mais sério que o normal naquela noite. Ambas esperavam uma resposta.

—O que tem no laboratório da Hungria? – indagara a loira.

Fora a secretária quem se adiantara.

—Coisas que não devem ser de conhecimento humano.

Ótimo – refletira a repórter – Mais coisas sérias as quais não tinha acesso.

—Projetos voltados para vampiros, entre outros – dissera Julian, finalmente.

Natasha suspirara, seguindo para o bar. A tensão no ambiente deixava claro o quão sério era a situação. Julian costumava ser expressivo, mas naquela noite parecia distante. Scarlett queria saber mais e apenas um dos dois presentes teria as respostas que procurava. Talvez devesse provocar a ruiva.

—Vampiros consomem produtos da BloodLine?

As palavras tinham sido ditas diretamente para a secretária. Ambas estavam com seus copos nas mãos ainda vazios. Natasha não saberia ignorar a questão.

—O que vou dizer não será surpresa... – começara a garota de olhos verdes – Existem milhares de vampiros civilizados. Você conheceu vários na cerimônia e já conhecia Julian antes disso. Vampiros civilizados são muito mais sábios que qualquer ser humano, preferem evitar a violência e estudam a própria existência. Mas como sabe, não são invencíveis. Ainda precisam se alimentar e podem se ferir. Batalhas são inevitáveis, mesmo para aqueles que preferem a paz.

Meu CEO é um Vampiro - Livro I: O PactoOnde histórias criam vida. Descubra agora