Meu CEO é um Vampiro - Livro I: O Pacto

XXXIII - Bastets

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Scarlett se sentia mais à vontade do que realmente esperava sentada junto de outros vampiros além de Julian. O CEO solicitara o jantar e logo a mesa ficara preenchida com uma grande variedade de pratos. Havia arroz, saladas e carnes de diversos tipos, além de misturas e novas garrafas com bebidas únicas.

O grupo à mesa comia e bebia como pessoas normais. A forma como agiam era tão comum que era impossível para qualquer pessoa suspeitar sobre as reais naturezas que possuíam. Obviamente, suspeitar de que alguém pudesse ser um vampiro já era uma ideia ridícula por si só.

A ideia mostrada em alguns livros e filmes, de que vampiros se alimentavam exclusivamente de sangue e que outros alimentos lhes faziam mal estava errada. O que a loira havia aprendido era que sangue era essencial para os manter fortes e saudáveis, mas podiam se alimentar de qualquer outra coisa por prazer.

Na verdade, a maioria dos vampiros eram adeptos aos vícios humanos.

A loira ouvia enquanto os quatro antigos compartilhavam histórias sobre as missões e aventuras qual estavam envolvidos. Finalmente entendera quais eram suas posições naquela cadeia social sobrenatural.

Assim como Natasha servia ao CEO, os quatro faziam o mesmo.

A diferença era que a secretária estava sempre ao lado do vampiro, cuidando de suas atividades principais pessoalmente. Os quatro antigos realizavam ações semelhantes, porém, ao longo do mundo. Suas tarefas principais incluíam ficar de olho no desenvolvimento das empresas da Corporação BloodLine.

Apesar das aparências jovens e despreocupadas, eram seres experientes e antigos, com capacidades que humanos nem imaginavam. Auxiliavam cientistas nos laboratórios e afugentavam espiões corporativos e adversários. Agora fazia mais sentido o fato de não existirem rivais para o conglomerado farmacêutico.

Por trás de todos os sorrisos e simpatias, Scarlett entendia agora coisas que jamais sonhara. A julgar por suas idades, aqueles eram seres acostumados com a morte. Já tinham visto milhares de seres humanos nascerem e morrerem e não sentiam remorso ao tirar vidas. Seus olhares e trejeitos escondiam as cicatrizes feitas em passados sombrios e distantes, dores que nunca se apagavam.

—Logo lhe passarei os contatos diretos de cada um nessa mesa – dissera o CEO – Se algum dia se sentir ameaçada por qualquer razão e eu não estiver por perto para a auxiliar, contate qualquer um deles e o mais próximo virá até você.

Se algum dia se sentir ameaçada.

Scarlett nunca pensara em algo assim, mas de acordo com Natasha, estava prestes a colocar um alvo em si mesma ao declarar lealdade a Julian. Não era o tipo de realidade que imaginava, mas era impossível se desvincular agora.

Aqueles vampiros eram sua família.

Precisava aprender a confiar neles, contar com eles.

♥♥♥

Julian pedira licença para a loira, dizendo que precisava resolver um assunto urgente, mas logo voltaria. A repórter se perguntara o que seria urgente naquela hora, mas não indagara. Se sentia segura e acolhida junto dos demais. Hannah, na outra mesa com outros adolescentes, também parecia feliz.

O CEO não era um vampiro qualquer. Era mais velho e poderoso que grande parte das criaturas que conhecia. Possuía habilidades que outros vampiros nem sequer sonhavam e tinha pleno controle de cada uma delas.

Entre seus inúmeros talentos, Julian controlava cada um dos cinco sentidos humanos de forma sobrenatural. Isso permitia que visse, ouvisse e sentisse tudo em um raio de muitos quilômetros. Era uma vantagem única quando implicava cuidar de aliados e proteger seus territórios contra invasores e inimigos.