VI - Máscaras

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Scarlett havia acabado de sair do banho, tinha os cabelos ainda molhados e refletia sobre suas atividades naquele dia. Tudo dependeria da ligação de Juliette com as informações que pedira. O sonho com Julian na madrugada anterior não saía de sua mente, mas não desistiria de seus planos por isso.

Retirando a toalha com que se cobria, a loira ficara em pé frente a um enorme espelho que tinha em seu quarto. Girara para um lado, para o outro, rebolara e sorrira. Realmente, tinha um corpinho mais atraente que o de algumas mulheres na casa dos trinta. Um pouco de academia deixaria ainda melhor.

Claro que a repórter estava pensando em Julian, em como ficar ainda melhor para aquele homem que era a razão de suas alegrias e dores de cabeça. Aquele deus grego caminhando sobre a Terra vinha lhe tirando o sono, literalmente.

Seus devaneios foram quebrados pelo toque de mensagem no celular. Ainda nua, Scarlett caminhara até a penteadeira, checando o texto na telinha. Era uma atualização enviada por Juliette com o endereço de uma lanchonete.

—Aí está você, sua gatinha peralta... – sorrira a loira, já movendo o endereço para o GPS – Vamos ver o que tem para mim hoje.

♥♥♥

Quarenta minutos depois, lá estava a repórter. A lanchonete ficava um pouco distante de sua casa, mas não questionara, era até melhor assim. Chegara antes e pedira um capuchino, se sentando à mesa indicada na mensagem.

A loira lia as manchetes de um site de fofocas quando o casal aparecera.

A mesa onde a mulher aguardava ficava na praça de um café ao ar livre, era redonda e tinha um guarda-sol, embora o dia estivesse nublado. O rapaz puxara a cadeira para a moça e se sentara em seguida. Scarlett sentira vontade de rir.

Juliette e Pierre não eram os nomes reais daquele casal. A repórter os havia conhecido na dark web alguns anos antes, durante outra reportagem. De acordo com a propaganda feita pela dupla, pelo preço certo, podiam descobrir qualquer coisa sobre qualquer um que tivessem acesso ao endereço.

Se chamavam de Fantasmas da Internet e isso também era razão para rir.

Outro detalhe que Scarlett deduzira era que não se tratava de universitários, embora afirmassem que eram. Argumentavam que não diziam onde estudavam por questões de sigilo e segurança, mas isso não convencia.

A única na coisa qual a loira acreditava era a possibilidade de serem irmãos, pois se tratava de um casal de asiáticos com características muito semelhantes. Naquele dia, como em todas as outras vezes qual tinham se encontrado, o casal se vestia de forma bastante peculiar. Para quem buscava anonimato, não eram o tipo mais discreto quando caminhavam pelas ruas.

Pierre vestia calças sociais e camisa negras. Seus sapatos brilhavam com a mesma cor. No entanto, para Scarlett, o terno vermelho e a gravata branca eram o suficiente para o transformar em um alvo ambulante. Seus cabelos eram lisos e negros e sempre mantinha bigode e cavanhaque bem finos.

As sobrancelhas finas arqueavam para o centro, os olhos escondidos detrás das lentes escuras dos óculos de sol ao estilo The Matrix. Parecia um daqueles lutadores de filmes de Kung Fu. Scarlett nem duvidava que realmente lutasse. O rapaz era pouco mais alto que ela própria, com cerca de um metro e setenta. A aparência era de alguém com não mais que vinte anos.

Juliette conseguia chamar ainda mais atenção que o irmão. A garota parecia uma adolescente e Scarlett apostava que era mais jovem que sua Hannah. July se vestia com uma jaqueta dourada com detalhes em listras negras. Usava uma touca da mesma cor e óculos com lentes espelhadas pequenas e retangulares de cor azul. Tinha a boca pequena e lábios finos, cobertos por batom vermelho.

Meu CEO é um Vampiro - Livro I: O PactoOnde histórias criam vida. Descubra agora