XXXIX - O primeiro dia

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Olá, seja bem-vinda(o). Pode votar no capítulo agora para me apoiar? Boa leitura, que cada momento nas linhas a seguir lhe sejam de puro prazer.

Aos poucos, a repórter sentia a consciência voltando.

Antes mesmo de abrir os olhos, a loira já sabia que não estava em sua casa, tampouco no resort de antes. No auge de suas entrevistas para o canal Hora da Fama, Scarlett dormira muito em hotéis. Durante esse tempo, ficara habituada a memorizar as texturas de fronhas de travesseiros, lençóis e cobertas.

Esticando os braços para os lados, a mulher percebera estar deitada sozinha em uma enorme cama. Não se recordava de ter vindo até ali por conta própria, presumindo que Julian a trouxera. Onde estaria o CEO enquanto ela dormia?

A resposta estava mais próxima do que imaginava.

Cerrando os punhos, a loira espreguiçara, bocejando demoradamente.

Abrira os olhos devagar e para sua surpresa, todo o aposento parecia imerso na escuridão. Um segundo depois, percebera a imponente figura em pé ao lado de uma grande janela aberta. Era possível ver as sombras do lado de fora, sinal de que era noite, mesmo que não fizesse ideias de que horas eram.

—Enfim, acordou – dissera o sujeito – Bem-vinda de volta.

Acordar ouvindo a deliciosa voz do CEO era como despertar sonhando.

Melhor ainda era saber que tudo era real, com seus amores e terrores.

—Eu... – respondera Scarlett tentando se sentar na cama – Não me lembro de nada. O quê...? Por quanto tempo apaguei?

—Você desmaiou na noite de ontem – explicara Julian – Tinha muito do meu sangue em seu organismo. E se manteve assim por tempo demais.

A loira colocara uma mão sobre a face. Estava com enxaqueca.

—Me sinto um pouco tonta. Onde estamos? – indagara em um sussurro.

Julian se aproximara da cama e a mulher erguera o olhar para o contemplar. Não importava como, quando ou onde, aquele homem ou vampiro, como diria a secretária, era sempre lindo. Que mulher não enlouqueceria por ele?

—Ainda estamos na Catedral... – respondera, solícito – Uma equipe médica estava de prontidão caso algo acontecesse. Efetuaram uma transfusão imediata. Nosso especialista recomendou que não fosse movida até se sentir bem.

—Disse que desmaiei... – sussurrara a loira – Estraguei a cerimônia?

Antes que a mulher continuasse, o sujeito segurara suas mãos.

—Não estragou nada... – corrigira ele – Quando ficou inconsciente, o Pacto já havia sido concluído. O ritual foi um sucesso e você foi perfeita.

Scarlett piscara, sentia como se estivesse presa em uma grande ressaca. O olhar de Julian parecia apreensivo e cauteloso. Estava preocupado com ela?

—Natasha havia me falado sobre o lance com seu sangue... – comentara a loira – Eu deveria ter me retirado após os votos, fui irresponsável.

A mão direita do vampiro correra até a face da mulher, a acariciando.

—A culpa foi minha – dissera o CEO, aproximando suas faces e beijando os lábios da amante – Estive tão focado nos detalhes, preocupado com aqueles que viriam, o que veriam, como nos veriam... Deveria ter lhe dado mais atenção...

As palavras de Julian foram abafadas pelo abraço da mulher. Scarlett sequer o deixara falar mais. Ambos sabiam exatamente o que o outro pensava.

—Não se culpe – dissera a repórter – Estava ciente dos riscos todo o tempo, escolhi confiar e não me arrependo disso em nenhum momento. Sei que posso contar com você para manter a mim e Hannah em segurança... Estou feliz, hoje é o primeiro dia, sabia? O primeiro dia do restante de minha vida agora ligada à Julian Strike. Acredite, é tudo o que preciso – concluíra.

Meu CEO é um Vampiro - Livro I: O PactoOnde histórias criam vida. Descubra agora