LIV - Caos

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Assim como esperado, após o final da apresentação, Julian e Scarlett, juntos dos demais membros do Conselho, foram apresentados à encantadora Kitsune.

De perto, a criatura parecia ainda mais pequena e jovem que no palco.

Surpreendentemente, a mesma se mostrara encantada pela loira, ignorando a presença dos vampiros próximos. Explicara que se chamava Mitsune. O nome humano era ideal para se embrenhar no mundo dos homens e provar as delícias dos vícios e prazeres mundanos. E segundo ela, amava os humanos.

A menina raposa sobrenatural mostrara suas nove caudas para a repórter e lhe explicara a importância e finalidades de cada uma delas. Mostrara as sardas que mais gostava, suas tatuagens espirituais e falara sobre suas comidas, livros, filmes, séries, atores, atrizes, bandas e cantores humanos preferidos.

Enquanto a jovem babava em Scarlett, Julian solicitara a atenção de Kraven e Elleanor a fim de explicar sobre seu pressentimento ruim naquele evento. Não se surpreendera ao ouvir de ambos que também suspeitavam de algo.

Olhando para Mitsune e Scarlett conversando, era impossível não comparar aquela belíssima criatura com a peralta Bastet que conheciam tão bem. Era um milagre que Samira não estivesse bisbilhotando as coisas por ali.

A linda Kitsune tinha olhos azuis acinzentados claríssimos, quase brancos e seus cabelos eram longos e prateados. Ao olhar para eles, era como se tivessem vida própria, dançando em ondas pelas costas e ombros da menina.

Suas orelhas eram bem maiores que as dos seres humanos, se parecendo com as orelhas de gatos, mais longas e com as pontas arredondadas. Usava um brinco de argola prateado em cada uma e quando sorria, suas pequenas presas ficavam à mostra. Curiosamente, Scarlett via certo charme nesse detalhe.

Para fechar de vez com o pacote lolita sobrenatural oriental, a menina tinha os olhos puxados, a boca e nariz pequenos e sobrancelhas finas. Aquele kit tão delicado vinha embrulhado em um lindo quimono cerimonial curto nas cores azul e branco com belas estampas desenhando flores de cerejeiras.

E obviamente, as caudas lhe davam todo o charme místico do mundo.

Quando chegara o momento de se despedirem, a pequena criatura segurara as mãos de Scarlett. Enquanto a loira sentia o calor de sua pele, a menina tirara uma pulseira com um sino de seu próprio braço e a colocara no pulso da amiga.

Se um dia precisar de ajuda, toque o sino e virei... – sussurrara ela.

Scarlett sentira ouvir a doce voz dentro de sua própria mente, como se fosse um pensamento. A garota sequer mexera os lábios e ninguém mais demonstrava ter ouvido alguma coisa. Por fim, apenas sorrira, concordando.

♥♥♥

A Kitsune se despedira de Scarlett com um olhar triste. A repórter sabia que aquela aparência quase infantil era apenas uma manifestação visual da criatura, que a usava para conquistar a afeição dos humanos, mas não fazia diferença.

Julian surgira ao seu lado quase ao mesmo tempo em que a menina acenava e desaparecia entrando atrás de uma cortina. O CEO puxara a manga do paletó, conferindo as horas no Rolex. Dois minutos para as quatro da manhã. Era hora de partirem. Elleanor e Kraven já tinham tomado seus caminhos. O vampiro nem tivera a chance de dizer à companheira sobre sua intuição para problemas.

—Fujam todos! – gritara um sujeito vestido a rigor que entrara correndo pelo salão – Não podemos ficar aqui! Precisamos deixar esse prédio!

—O que está acontecendo?! – indagara uma linda vampira morena exibindo as presas claramente indignada com a gritaria – Onde estão os Lightwood?

Meu CEO é um Vampiro - Livro I: O PactoOnde histórias criam vida. Descubra agora