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Scarlett sabia que mais tarde Julian lhe explicaria o que estava acontecendo. No momento, tudo que desejava era deixar aquele lugar e ir para casa. Estar em seu apartamento junto da filha e esquecer as últimas horas.
Para isso, o vampiro precisava resolver aquele impasse.
—Alguns vampiros sentem prazer na morte... – dissera o CEO – Outros não. Alguns matam apenas para sobreviver, talvez para se alimentar.
—Você se encaixa bem na primeira definição – rosnara a criatura – Lembro de cada instante enquanto massacrava minha aldeia, minha família. Os gritos de terror, as chamas, homens e mulheres assassinados violentamente. Lembro de quando me encarou nos olhos com desprezo e sentiu pena de mim, incumbindo outro de ceifar minha vida porque não teve coragem de fazê-lo você mesmo!
O vampiro fechara os olhos e baixara a cabeça, cerrando os punhos. Scarlett sabia que ele não estava indefeso, sua audição era perfeita. No entanto, parecia que centenas de imagens do passado assombravam a mente do CEO.
—Era uma aldeia de Caçadores, uma Ordem de Caçadores... – dissera ele pausadamente – Haviam exterminado diversos de nossa raça. As perdas tinham sido enormes e se eu não os parasse, seriam ainda maiores. Não direi que não tive escolhas, sempre há uma escolha e escolhi os da minha espécie!
—Eu tinha apenas sete anos! – berrara a criatura, a voz ecoando pela sala.
—Você era uma Caçadora! – rosnara o vampiro de volta.
—Eu nunca fui uma Caçadora! – devolvera a carniceira – Você me tirou esse direito quando matou toda minha família. Destruiu meu legado e me deixou para a morte sem qualquer piedade. Seu subordinado me mordeu, eu era apenas uma criança e ele me sugou até meu último suspiro. Então me ofereceu a vida eterna. Eu aceitei, que escolha eu tinha entre isso e a morte certa? E como resposta ele me lançou na floresta e partiu. Foram embora, todos vocês...
Julian estreitara o olhar. Era impossível entender seus sentimentos.
—Eu nunca soube disso...
—Não se preocupe em puni-lo. Eu resolvi isso – dissera a vampira – Admito, a dor foi maior no começo. Acho que ele pensou que eu morreria quando o sol nascesse, mas me escondi, já sabia como essas coisas funcionavam. Quando a noite voltou, deixei meu esconderijo. Não havia humanos por perto, me alimentei dos animais. Primeiro os pequenos, depois os grandes. E às vezes de cadáveres dos meus próprios amigos e familiares. Com o tempo, fiquei boa em desaparecer durante o dia e me tornar parte da noite em seguida. Os primeiros humanos de quem me alimentei foram caçadores de animais. O sangue deles era melhor, me deixava mais forte, trazia minhas memórias de volta, o terror... procurei por meu criador durante décadas, então o encontrei, o embosquei e o decapitei...
O ar frio penetrava a pele da loira. A tensão era grande. Havia um passado entre a vampira do mal e Julian Strike, agora Scarlett entendia.
—Entendo seu rancor e admito minha culpa – dissera o CEO – Mas isso não muda nada. Deixarei esse lugar e levarei as duas mulheres aqui comigo. Se não sair do caminho, acabarei com você. Sabe que não tem nenhuma chance.
—Julian, eu já disse, um de nós dois tem que morrer aqui...
—Ouça... recue e lhe pouparei – dissera o vampiro, calmamente – Não estou procurando me redimir, mas você deveria ter tido uma morte rápida há décadas. Se está viva, pode continuar. Tenho os recursos para curar seu corpo, posso lhe garantir uma vida onde não precise mais matar. Aceite minha oferta.
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Meu CEO é um Vampiro - Livro I: O Pacto
VampireJulian Strike é o homem da vez. Lindo, inteligente, elegante, charmoso e gostoso, é também o CEO em ascensão de um Conglomerado de Laboratórios, a BloodLine Farmacêutica, indústria especializada em genética, qualidade de vida e longevidade humana. S...