LI - Genocida

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Scarlett estava sentada em uma das cadeiras do antigo escritório. Natasha e ela haviam bloqueado a porta com dois armários pesados e uma mesa. Depois tinham retirado a poeira de algumas cadeiras para descansar. Felizmente aquela sala estava trancada sem pessoas, não havia acontecido nenhuma morte e não tinha sinais de sangue em nenhum lugar. Tudo havia sido apenas bagunçado a procura de arquivos. Até o perfume do ambiente ainda permanecia.

A ruiva parecia dormir deitada em um sofá de três lugares, mas Scarlett sabia que estava acordada, atenta aos menores ruídos.

Impaciente, a repórter pressionara o botão no celular pela milésima vez na esperança de que a torre aparecesse. Como das outras vezes, nada. Felizmente, dessa vez, ao menos as horas eram uma boa notícia.

Dezenove horas. A noite caíra, Julian logo apareceria as procurando.

—Então... – a loira sussurrara devagar – Experiências de DNA envolvendo vampiros e humanos, voluntários ou inimigos capturados. Manipulação genética de sangue, tentativa de controle do mundo natural. Sem regras, sem supervisão. Como os nazistas e outros povos tiranos fizeram ao longo dos séculos...

A secretária deitada no sofá suspirara ainda de olhos fechados.

—Pode ficar surpresa em silêncio? Está repetindo isso há horas – sussurrara a garota – Eu disse que lhe contaria a verdade, não disse que seria um conto de flores, unicórnios e arco-íris. Discuta com Julian depois, me poupe.

—Você esperava que eu o visse como um monstro frio, cruel, desumano...

Se virando no sofá, Natasha se sentara e acendendo sua lanterna, apontara o facho de luz na direção da face da repórter, a fazendo fechar os olhos.

—Ouça bem e tente não se esquecer... Julian não é humano! – exclamara a ruiva – A razão de se parecer e se comportar como um é porque nasceu antes mesmo da humanidade começar. Ele conhece nossa espécie desde o alvorecer dos tempos e somos seu alimento. Você, sua filha e eu somos, possivelmente, as únicas humanas em sua lista de prioridades. Não se iluda.

—Mas ele sente empatia, afinidades...

—Vou colocar de outra forma que talvez seu cérebro apaixonado e inocente possa compreender. Julian é uma criança e a humanidade é seu formigueiro no terrário. Ele viu cada uma das formigas nascerem, é claro que sente empatia por elas – dissera a garota no traje negro – Mas ele já estava ali desde antes delas e ainda vai estar depois que todas tiverem morrido e novas ocupado seu lugar.

—Está dizendo...? – indagara a loira, ainda incerta sobre as palavras.

—Simplesmente pergunte a ele. Já lhe disse o que poderia dizer...

—Mas e todos os avanços dos laboratórios da Corporação BloodLine com produtos para a humanidade? Julian trabalha com preços baixos, qualidade alta e beneficia milhares de pessoas com suas atividades filantrópicas pelo mundo...

Natasha colocara a lanterna abaixo do próprio queixo, apontando para cima, iluminando a própria face como adolescentes fazem em um acampamento para contar histórias de terror. Em meio à escuridão, era assustador.

—Entenda isso, quando você tem carne na sua geladeira, faz todo o possível para que ela continue saudável, certo? E se puder escolher, obviamente só terá peças de qualidade. Para os vampiros, a humanidade é nada mais que um vasto pasto. Julian pode ser lindo, gostoso e elegante, mas originalmente é um deles, um dos primeiros entre eles. Tente os olhar através de seus lindos olhos...

Meu CEO é um Vampiro - Livro I: O PactoOnde histórias criam vida. Descubra agora