XL - O Emissário da Morte

27 6 0
                                    

Olá, seja bem-vinda(o). Pode votar no capítulo agora para me apoiar? Boa leitura, que cada momento nas linhas a seguir lhe sejam de puro prazer.

A Bastet circulava o sujeito encarando indiscretamente cada detalhe de suas excêntricas vestimentas. Tão logo o vampiro adentrara aquele gigantesco salão com a estátua da Djin, a gata se manifestara, se materializando das sombras.

—Então você é o famoso Emissário da Morte da Rússia? – indagara a Bastet com sua total falta de gentileza – Eu o imaginava maior pelas fotos dos registros nos arquivos da morceguinha. Mas tenho de elogiar, essas roupas... isso que eu chamo de marcar presença. É um vampiro assustador, Senhor Morte.

O sujeito estreitara o olhar. Samira podia sentir a aura assassina emanando daquele ser sombrio. Mesmo assim, não se sentia intimidada. Conhecera muitos vampiros ao longo do tempo, alguns outros entre os mais poderosos do mundo. Como amava dizer, era preciso mais que fazer cara feia para a amedrontar.

—Aparentemente, não assustador o bastante... – dissera o russo.

Samira apanhara um pirulito de um dos bolsos do short jeans que usava e o desembrulhara lentamente. O barulho da embalagem plástica se abrindo ecoara por todos os cantos em meio às trevas. A gata o colocara na boca e após provar, apontara em direção ao vampiro, indagando se ele queria.

Obviamente, não houvera uma resposta.

—Não se ofenda, Senhor Morte... – sussurrara, sabendo que o vampiro não gostava do apelido. Na verdade, ninguém gostava de apelidos, vampiros menos ainda. Era sua principal razão para colocar apelidos em todo mundo – Me deixe explicar. Não sou como as pessoas comuns, tenho sete vidas perfeitas e talentos para garantir não ser pega de surpresa por ninguém. Nem mesmo por um Lorde Vampiro com fama genocida internacional. Me perdoe se não me assusto.

A ousadia da Bastet se dava não apenas pela fama do vampiro diante de si, mas pelo fato de que o mesmo adentrara o prédio junto de diversos outros, que certamente o seguiam. No entanto, duas coisas favoreciam o orgulho de Samira, uma, a de que ninguém ousaria um atentado dentro da Catedral das Sombras e outra, vampiros tinham muito mais fraquezas que ela própria.

—Pequena, olhos verdes, cabelos curtos acobreados. Petulante, arrogante, irritante, intrometida – dissera o vampiro com seu sotaque diferente – Sei quem é você, o animalzinho de estimação da Rainha, a Bastet de Silverglade...

Samira lambera o pirulito encarando o filho da noite. Não demonstrava estar surpresa ou preocupada com as palavras que ouvira. Bastets eram odiados pela maioria dos seres que os conheciam. Nunca se importara com isso.

—Olha só – dissera finalmente – Sabe quem eu sou e sei quem você é, isso me parece o início de uma bela amizade. Não acha, Senhor Morte? – provocara.

—Se com bela estiver querendo dizer breve, devo concordar – sorrira o russo expondo as presas brancas e brilhantes – O que me diz de consolidarmos nosso encontro com um caloroso abraço? Acredite, será quente e rápido.

A gata estreitara o olhar, sorrindo com os lábios fechados enquanto pensava em provocações e obscenidades. Sabia que o vampiro podia ameaçar, mas não executar qualquer ação violenta naquele instante, principalmente pela presença de Julian no templo. O CEO jamais permitiria qualquer incidente.

—Talvez um dia... – exclamara, mostrando a língua como sempre fazia.

Ambos pensavam em novas farpas quando foram atraídos pela presença do outro vampiro que se aproximava. Samira sabia a hora de sair de cena.

Meu CEO é um Vampiro - Livro I: O PactoOnde histórias criam vida. Descubra agora