Meu CEO é um Vampiro - Livro I: O Pacto

XLII - Efeitos colaterais

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Parecia mais uma manhã de sexta-feira normal como qualquer outra.

Contudo, nada naquele novo mundo em que Scarlett agora vivia era normal.

Como acontecera nos dias anteriores, a loira acordara, tomara um banho, se arrumara e após o café da manhã, fizera uma bateria de testes e exames. Tudo a pedido de Julian, que deixara médicos e enfermeiros à sua disposição.

Felizmente, ao que tudo indicava, ali estava ela, finalmente em plena forma, pronta para retornar à ativa. Em breve a mulher estaria de volta ao trabalho como repórter para o canal Hora da Fama. E não demoraria para que Julian surgisse com alguma novidade que ela tivesse de apresentar com exclusividade.

Antes disso, no entanto, precisava reencontrar a filha.

Algo acontecera em sua ausência, enquanto estivera na cerimônia. Julian se recusara a lhe contar, mas garantira que Hannah estava bem. Por hora, isso era o bastante, porém, ela sabia que algo estava errado. Podia sentir a cada vez que se olhavam nos olhos. Enfim, chegara o momento de encarar a verdade.

♥♥♥

Scarlett respirara aliviada ao sair pelas portas espelhadas da Catedral.

Havia passado a semana dentro daquelas paredes. Claro, jamais imaginaria que aquele lugar fosse o que era olhando pelo lado de fora. Entretanto, também não imaginava as outras coisas que vira, uma enfermaria, uma ampla biblioteca e a maravilhosa academia. Sem contar o acesso aos computadores e internet.

Poderia chamar os últimos dias de férias, não fosse o fato de permanecer ali para observações médicas. Felizmente, se sentia revigorada. Imaginava a nova rotina de trabalho. Talvez Julian a quisesse mais perto dali em diante.

O CEO estava encostado à porta da SUV negra a aguardando. Nessa noite se vestia com os habituais terno, calças e sapatos escuros. A camisa branca não tinha gravata e os primeiros botões estavam abertos. Era sinal de que não havia reuniões de negócios o esperando pelas próximas horas.

Scarlett avançara até o empresário e parara fitando seus olhos negros. Sua vontade era saltar no pescoço do amante e o beijar, mas não poderia fazer aquilo ali, em um lugar público com tantas câmeras apontando para ambos.

—Está linda – dissera o sujeito – Como se sente?

—Feliz por finalmente respirar fora do ar condicionado da Catedral – sorrira a loira – Não estou me queixando, já estive em hotéis cinco estrelas que sequer chegavam perto do atendimento e prestatividade que recebi. Mas confesso que já estava me sentindo como uma prisioneira. Estou bem agora.

Julian fizera sinal para que os seguranças próximos permanecessem onde estavam e estendendo a mão para a repórter, a convidara para caminharem. No céu uma lua cheia brilhante iluminava os jardins frontais da Catedral, bem como tudo nas movimentadas ruas que cercavam o edifício.

—Fisicamente recuperada? – indagara após se afastarem dos funcionários.

—Como diria meu pai, forte como um touro – respondera a loira.

O CEO sorrira e Scarlett sentira seu coração disparar. Enrubescera quando se lembrara de que ele podia ouvir seus batimentos. Queria poder o beijar.

—Fico feliz em ouvir isso – dissera o vampiro – Pedi que mantivessem uma pequenina quantidade de meu sangue em seu organismo, acelerando assim seu metabolismo. Espero que perdoe minha invasão. E também gostaria de lhe dizer que suguei uma pequena quantidade de seu sangue durante o ritual, apenas o suficiente para que todos entendessem nossa ligação.