XXVII - A Catedral das Sombras

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A secretária se encarava no espelho. Piscara admirando a cor verde em seus próprios olhos. Passara o batom vermelho no lábio inferior, o unindo ao superior logo em seguida para dividir aquele último toque na maquiagem perfeita.

Naquela manhã a secretária optara pelo estilo gótico. Vestira calças de couro negras, suéter e jaqueta da mesma cor, além de botas que subiam até os joelhos e uma echarpe de seda negra. Apenas seu pescoço, face e as mãos estavam à mostra. Mais de cinquenta por cento dos ferimentos adquiridos na transa da noite anterior não mais existiam, mas preferia evitar que algo transparecesse.

Após tomar seus comprimidos matinais, estava finalmente pronta para o dia.

Tão logo deixara a pousada rumo ao estacionamento, a brisa matinal forçara a ruiva a proteger os cabelos a fim de evitar que ficassem esvoaçados. A jovem procurara por Rodrigo enquanto deixava as últimas instruções antes da partida com alguns funcionários, mas não vira o sujeito em lugar algum.

Apesar do sol alto e quente, uma brisa fria e gostosa vinha do mar.

Não fora surpresa encontrar Scarlett a aguardando próxima à SUV negra.

—Bom dia. Gostei da pontualidade – dissera a ruiva – É bom que saiba que no mundo em que está entrando, a maioria das pessoas são pouco pacientes.

Scarlett apenas retribuíra o bom dia sem fazer comentários. Natasha era o tipo de mulher experiente no que fazia e a repórter reconhecia isso. A loira tinha faro para identificar uma pessoa dedicada ao posto que exercia. Definitivamente tinha muito a aprender com aquela garota, mesmo mais jovem e a provocar não seria a melhor forma de conseguir o que queria.

Cinco minutos depois, o Jeep Cherokee deixava o local com as passageiras. Natasha explicara que ocorrera uma pequena mudança em relação ao local onde o ritual do Pacto aconteceria e por conta disso, a distância era menor e o uso do helicóptero, desnecessário. Segundo a ruiva, dentro de no máximo trinta minutos estariam no local onde Scarlett faria o juramento mais importante de sua vida.

Mesmo sem dizer nada, a repórter transparecia o quanto estava apreensiva.

♥♥♥

Enquanto seguiam, Natasha voltara a falar, dizendo que a cerimônia deveria acontecer em outro estado, mas Julian fora informado ainda naquela manhã que um importante prédio para a sociedade vampírica próximo de onde estavam se encontrava livre para eventos importantes. E o que poderia ser mais importante que as convocações oficiais feitas por ele para aquela cerimônia?

O trânsito não colaborara e pouco mais de quarenta minutos depois, a SUV estacionava em frente a um gigantesco prédio. Na placa de metal prateada logo à frente do jardim, lia-se o nome Exurge Lux. Scarlett ficara observando e antes que perguntasse algo, Natasha se adiantara.

A Ascensão da Luz – dissera a secretária – O edifício está registrado em nome de uma grande empresa de advocacia internacional, mas na verdade é um centro vampírico, pense nisso como uma grande igreja.

A repórter colocara as mãos na cintura, fitando o prédio de baixo a cima uma vez mais. Todas as portas e janelas estavam fechadas e eram espelhadas. Havia alguns carros no estacionamento, mas nenhum sinal de funcionários, visitantes ou mesmo seguranças em lugar algum. As dezenas de câmeras espalhadas por toda parte ajudavam a manter os curiosos distantes – pensara.

—Jamais imaginaria esse lugar como uma igreja... – respondera imaginando como seria aquela estrutura pelo lado de dentro. Candelabros, velas e correntes como uma velha masmorra? – Vampiros têm alguma religião? – indagara.

Meu CEO é um Vampiro - Livro I: O PactoOnde histórias criam vida. Descubra agora