Meu CEO é um Vampiro - Livro I: O Pacto

LVI - Caçadores

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O sujeito estava cercado por três adversários habilidosos. Embora fosse um homem negro alto e forte, treinado para situações adversas, sabia que qualquer pequeno descuido diante daqueles oponentes significava a derrota.

Havia outros mais distantes observando, contudo, ele tinha uma significativa vantagem contra todos eles que não hesitaria em usar. Estavam inseguros. Eram profissionais sem a experiência que ele tinha. E por essa razão, eles cometeriam o erro não dar o melhor de si, de tentar o avaliar e quando menos percebessem, seriam apenas mais peças de xadrez tombadas naquele tabuleiro.

O primeiro ataque viera da mulher. Era impetuosa, pequena e veloz.

Abusando de seu treinamento diário intensivo, a jovem saltara com um chute aéreo, uma voadora descendo o pé de em um movimento circular. Porém, mal a garota tocara o chão, já aplicara um ataque rasteiro, se levantando e avançando com uma sequência de chutes. O sujeito esquivara de tudo facilmente.

O segundo a atacar fora um jovem loiro de olhos azuis. Diferente da morena de cabelos longos e cacheados de antes, o sujeito era alto, grande e forte. Tinha massa muscular maior que o homem negro que se defendia, mas isso o deixava mais lento também. Para piorar, era previsível e manipulável.

Quando se esquivara do último chute da mulher, o defensor lhe agarrara pela roupa e usando seu próprio movimento, a rodopiara em torno de si, empurrando seu corpo contra o novo inimigo que atacava. O sujeito maior desviara da moça, mas baixara a guarda, sendo atingido por um soco direto em seguida.

Sem perder tempo o homem negro saltara sobre o adversário, lhe segurando a cabeça com as duas mãos e aplicando uma joelhada em sua face. O chute no peito fora o golpe definitivo para o lançar de costas ao chão.

O terceiro adversário era um jovem mestiço chinês-americano. Assim como a mulher, tinha o corpo pequeno e magro, embora musculoso. Antes de avançar, fizera alguns movimentos como se estivesse em um campeonato de Kung Fu e abrira os braços em uma postura semelhante ao Bruce Lee em seus filmes.

Se lançara contra o rival com fúria, socando diversas vezes, procurando por uma brecha na defesa que pudesse explorar. O defensor se esquivara de alguns golpes e defendera outros. Por fim, deixara que um soco passasse. Antes que o chinês tivesse recolhido o braço, o homem negro o segurara e aplicara um golpe com o cotovelo exatamente na articulação.

Todos ouviram o som do osso se partindo ao mesmo tempo em que a fratura era exposta. O grito de terror do lutador não impedira o restante do ataque. Sem conter sua força, o defensor agarrara o inimigo pela camisa e o erguera do chão em um instante como se levantasse uma folha de papel qualquer.

Em seguida o arremessara com força contra o tatame de cor laranja. O braço quebrado sangrava e o derrotado rolava de dor. Todos estavam assustados.

—Equipe médica! – berrara o defensor – É urgente! É pra ontem!

Quatro homens que se encontravam próximos às arquibancadas do ginásio vieram correndo carregando uma maca. Imobilizaram o braço do rapaz enquanto os demais observavam. Instante depois, o homem ferido estava sedado.

—Todos vocês, reúnam-se aqui – dissera o homem negro, abrindo os braços e esperando que todos se aproximassem – Alguém pode me dizer porque Carla, Eddy e Wu foram derrotados? Três agentes contra um único oponente.

—Você é mais experiente, estava antecipando o que fariam... – dissera uma mulher que assistia ao combate das arquibancadas.

—Eles estavam receosos em atacar e por isso abriram a guarda, ao contrário de você, considerando o que fez com o Shen... – dissera outro sujeito do grupo de observadores que se aproximava – E não trabalharam em equipe.