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Scarlett tremia aguardando o sinal para entrar em cena.
O lugar estava mergulhado nas sombras, exceto pelos pequenos e distantes candelabros espalhados pelos cantos com suas velas de chamas dançantes. O teto parecia um céu negro sem estrelas. O ambiente era frio e assustador.
Aqueles vitrais tão lindos nas inúmeras janelas pareciam se mover com a luz dos castiçais. Não se ouvia qualquer ruído. Todos estavam atentos à solenidade.
De repente, de algum lugar ao longe, o som de vozes femininas começara a entoar um cântico. Era impossível ver o coral, mas o som ecoava por toda parte, sua melodia lembrando uma ópera triste com palavras em latim longas demais.
Como mágica, uma figura de um vitral parecera aumentar de tamanho.
Era um homem com os braços abertos. Apesar de seu corpo escuro, quando observado de longe, fizera a mulher se lembrar de Jesus pregado na cruz. Como poderia haver blasfêmia maior naquele momento? Tudo naquele local remetia a trevas, não havia nada mais anticatólico, anticristão ou antiteísta.
Enquanto seu tamanho parecia aumentar, a figura descia levitando até tocar o chão. Apenas quando se aproximara o bastante do altar remodelado, Scarlett o reconhecera. Era Julian, agora usando um traje jamais visto pela humana.
O vampiro trajava vestes negras, calças e terno adornados com várias fivelas e botões prateados. Havia ainda uma capa negra com interior vermelho fechando o conjunto. A face do vampiro estava completamente limpa, pálida como se fosse um cadáver. Mesmo ainda a distância, Scarlett podia ver seus olhos vermelhos e o semblante frio e sério, em nada lembrando o CEO com quem dormia.
A repórter sabia que aquele era o filho da noite, o vampiro ancestral de quem Natasha vinha lhe falando nos últimos dias, a verdadeira face do homem a quem escolhera amar. Antes que completasse o pensamento, a loira ouvira as palavras da secretária ecoando em sua mente, a repreendendo. Homem não, vampiro.
Mas para ela Julian seria sempre vampiro e homem, sobrenatural e humano, temido e carregado de sentimentos com os quais ela se identificava. Não havia, para ela, alguém mais nobre e altruísta e ela o veria sempre assim.
♥♥♥
O centro do enorme salão havia sido remodelado para a cerimônia.
No lugar daquele altar que Scarlett vira quando estivera na catedral em sua primeira visita havia uma enorme estrutura de mármore branca com quase cinco metros de altura. Uma escadaria frontal com doze degraus levava até a parte mais alta. Julian estava lá, radiante, poderoso e assustador, a esperando.
O toque em seu ombro fora o sinal para que avançasse.
Dali em diante, Natasha apenas assistiria, assim como todos os outros.
Após a primeira meia dúzia de passos, Scarlett podia jurar que tanto a cauda quanto a saia de seu longo vestido vermelho flutuavam. Era impossível para ela naquele momento olhar para baixo. Seus olhos amendoados fitavam o lorde que a aguardava. Uma estranha e fria névoa sobrenatural cobria todo o chão.
Procurando não pensar em detalhes irrelevantes, Scarlett apenas avançara. Em poucos instantes estaria nos braços do homem maravilhoso a quem amava diante de dezenas de testemunhas invejando sua posição.
A loira subira o primeiro degrau se sentindo completamente nua.
Aquele lindo vestido que usava era tão leve que sentia como se não vestisse nada. Além disso, os olhares que lhe eram dirigidos pareciam a despir com cada pensamento. Ela sabia que era medida, rotulada e julgada por cada sobrenatural presente e não era bem-vinda pela maioria. Mas Julian a desejava ali.
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Meu CEO é um Vampiro - Livro I: O Pacto
VampirJulian Strike é o homem da vez. Lindo, inteligente, elegante, charmoso e gostoso, é também o CEO em ascensão de um Conglomerado de Laboratórios, a BloodLine Farmacêutica, indústria especializada em genética, qualidade de vida e longevidade humana. S...