XIII - Conflitos de interesses

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Julian e a secretária se encaravam havia poucos segundos.

Ambos tinham o mesmo charme em seus gestos e ações. Eram misteriosos, sedutores, silenciosos. Fossem os olhos negros do CEO ou os olhos esmeraldas da ruiva, ninguém resistia aos seus encantos. Eram predadores natos.

Natasha era a única humana com conhecimento sobre todos os segredos de Julian Strike, até mesmo os mais profundos e íntimos. E era a única humana que o confrontava sem medo de uma morte lenta e dolorosa. Verdade seja dita, nem mesmo seres sobrenaturais desafiavam o CEO, nem com leves indiretas.

A secretária era um caso especial, muito especial.

—Você sabia... – dissera o vampiro, sem rodeios.

—Que tipo de guardiã seria eu se não soubesse? – respondera a ruiva com um sorriso orgulhoso nos lábios – Não diga que estou aqui para um sermão.

O CEO torcera os lábios e se recostara na cadeira unindo os dedos das duas mãos, extremidade com extremidade, pensativo. Se fosse qualquer outra pessoa diante de si, aquela conversa terminaria em poucos instantes.

—Ela não deveria estar naquele lugar. Poderia a ter impedido... – comentara o homem com o olhar frio e sério – Tive sérias complicações para a salvar.

A garota de olhos verdes esboçara um sorriso. Era divertido ver Julian com aquela pose de homem durão, assassino. Fazia seus convidados tremerem.

Entretanto, ela não era uma convidada. E dificilmente se sentia ameaçada.

—De fato, poderia a impedir... – dissera com sua voz calma e sensual – Mas por que o faria? Existem diversas repórteres por aí. Seres humanos morrem. Eu mesma certamente terei de conhecer a morte um dia. Estou errada?

Julian sabia que era impossível mudar os pensamentos daquela mulher.

—Anunciei a todos que Scarlett é oficialmente uma de minhas protegidas... – dissera a CEO repousando os braços nas laterais da cadeira – Sabemos que entende o que isso significa. Espero contar com seu apoio.

A ruiva cruzara os braços à frente dos seios fartos. Usava um vestido oriental vermelho com carpas coloridas bordadas. Era elegante de qualquer forma.

—Sabe que vivo para garantir o sucesso de seus interesses e se isso implica bancar a babá da repórter quando ela estiver por perto, que seja...

O vampiro não resistira, esboçando um sorriso ao ver a secretária mudando para aquela expressão séria. Natasha tinha uma personalidade difícil e um jeito singular de fazer as coisas, mas sua lealdade era incontestável.

—Mas...? – indagara ele, antes que a mulher continuasse.

A ruiva estreitara o olhar com frieza.

—Deixe-me pensar, ela se disfarçou e invadiu o prédio...

—Porque você permitiu – destacara o CEO.

—Ela invadiu o prédio para bisbilhotar quando sequer suspeitava sobre sua natureza – retomara a secretária – É uma mulher bisbilhoteira e curiosa. Admito que isso é uma qualidade que repórteres precisam ter, mas considere os riscos caso resolva investigar mais agora que sabe sobre a existência de uma espécie que os humanos pensam existir apenas na ficção? Ela vai causar problemas.

Julian colocara o indicador no nó da gravata, o afrouxando até a retirar.

—Scarlett tem uma grande paixão pelo que faz. É algo em sua natureza que me encanta e me atrai nela – explicara, parecendo distraído enquanto falava na repórter – Tivemos uma conversa preliminar, mas sei que ela é uma mulher muito inteligente, então não vai comentar nada sobre o que viu por aí. Outros detalhes serão explicados quando formalizarmos o pacto. Confio nela.

Meu CEO é um Vampiro - Livro I: O PactoOnde histórias criam vida. Descubra agora