XXXVIII - Um mundo fantástico

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Olá, seja bem-vinda(o). Pode votar no capítulo agora para me apoiar? Boa leitura, que cada momento nas linhas a seguir lhe sejam de puro prazer.

Julian apanhara o cálice e permanecera onde estava.

Aquele vampiro misterioso, cuja face se escondia nas sombras do capuz, se afastara novamente, levitando para longe, circulando o casal juntos dos demais.

O anfitrião daquela solenidade parecia ainda mais majestoso que antes. Seu olhar era sério e penetrante, o cálice em suas mãos brilhando como um artefato mágico de algum livro de aventuras fantásticas. Scarlett apenas contemplava as inúmeras pequenas joias incrustradas no misterioso recipiente.

Segurando a taça diante de seu corpo com a mão esquerda, o vampiro fitara a mulher por longos segundos. Fechando a outra mão, a levara acima do objeto e cerrara o punho. A loira vira quando o sangue começara a escorrer entre seus dedos, a essência vital daquele ser imortal acumulada naquele pequeno espaço.

—Em retribuição ao seu sangue que agora me pertence, lhe ofereço o meu... – dissera o vampiro. Sua voz explodira por todo o ambiente, estrondosa como o ressoar de um trovão – Um laço único será forjado, um elo que só pode se partir com a morte. Você aceita meu presente e jura lealdade eterna ao meu nome?

Scarlett estendera a mão, apanhando o cálice. Era pesado e frio.

—Nenhuma honra jamais será maior... – respondera a loira, levando a taça aos lábios. Demorara poucos instantes até que tomasse todo o conteúdo – Tem minha lealdade, meu corpo, minha vida, minha alma e meu coração.

As últimas palavras não faziam parte do ensaio. Ao ouvi-las, Natasha torcera os lábios em silêncio. De qualquer forma, o juramento sagrado estava concluído.

♥♥♥

Scarlett segurava o cálice com as duas mãos tremendo levemente.

Em sua boca havia um estranho sabor metálico, seco, diferente de qualquer coisa que tivesse imaginado ou mesmo já provado. Nos primeiros instantes tudo parecia normal, contudo, poucos segundos depois sua visão começara a falhar.

Um daqueles vampiros circulando a base de mármore levitara até perto da mulher, lhe estendendo a mão para apanhar o cálice. Scarlett entregara o objeto e a criatura o envolvera em seu manto negro, voltando à sua posição.

Não apenas a visão, mas por um momento, a loira sentira todo seu corpo se enfraquecer. Era como aquele torpor gerado quando se bebe algo alcoólico forte demais e o mundo desaba diante de seus olhos, uma fraqueza prazerosa.

Enquanto o vampiro de túnica negra se afastava, Scarlett podia jurar que as coisas à sua volta começavam a se embaralhar diante de seus olhos. Logo tudo parecia se perder em borrões. Sua única certeza naquele momento era a de que desmaiaria e certamente Julian a tomaria em seus braços antes que desabasse.

O juramente foi feito e aceito. O Pacto de Sangue foi honrado.

A mulher ouvira as palavras, embora não fizesse ideia de quem pronunciara. Não era a voz de Julian, mas não importava. O Pacto fora realizado. Ela estava oficialmente ligada ao vampiro, CEO e homem que amava. Era perfeito.

Tão logo sua visão voltasse, sorriria para ele.

Está tudo certo agora – aquela sim era uma voz conhecida.

Ainda entorpecida, a repórter nem mesmo vira a face do amante. Seus olhos estavam fechados, a sensação em sua mente era de que o mundo girava abaixo de seus pés. Ainda que sobrenatural, estava totalmente bêbada e vulnerável.

Meu CEO é um Vampiro - Livro I: O PactoOnde histórias criam vida. Descubra agora