XLI - O apanhador de sonhos

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Scarlett abrira os olhos assustada, se sentando na cama quase em um salto. Os cabelos soltos desciam por suas costas e pelos ombros nus. Mechas de fios mais longos da franja lhe cobriam parte dos olhos e grudavam em sua testa com o suor. Tivera um pesadelo terrível onde Hannah e ela eram separadas.

Fechara os olhos procurando se acalmar, controlando a respiração.

Precisava limpar a mente daqueles pensamentos, relaxar, se concentrar em coisas boas, pensar em lugares e momentos agradáveis. Era um mantra para se sentir melhor quando se via diante de grandes desafios. O pensamento positivo atrai coisas boas. Não se recordava onde lera aquela frase, talvez em algum livro de autoajuda ou biscoito da sorte, mas não importava. Funcionava.

Por que sentia que não conseguia se concentrar?

Abrira os olhos outra vez, agora devagar, sem medos nem receios. A figura diante de si a deixara sem reações. Era, de alguma forma, assustador ao mesmo tempo que encantador, assim como Julian. Outro vampiro? O que fazia ali?

O sujeito estava em pé aos pés de sua cama, a encarando. Era alto, grande e forte. Sua presença, mesmo com as roupas escuras, se destacava em meio à escuridão. Estava com as mãos nos bolsos da calça negra, mas o sobretudo que vestia se sobressaía, talvez pelo detalhe com a cabeça de lobo.

Os olhos dourados da loira e aqueles olhos claros com tons de cinza de seu invasor se encaravam sem desviar. O que era aquele estranho sentimento dentro do peito que Scarlett não conseguia explicar. Era um misto de medo e... tesão?

A criatura da noite sorrira. Era um sorriso charmoso. A barba espessa dava um aspecto maduro, sério, se parecia com um viking. Os cabelos negros caindo por suas costas o faziam se parecer com algum desses surfistas vistos em capas de revista, embora a loira tivesse certeza que sol estivesse fora de questão.

Quem é você? – pensara a repórter e mesmo com os lábios molhados, suas palavras pareciam se recusar a sair. O que estava acontecendo?

—Me chamo Andrey Volkov... – dissera o vampiro, como se estivesse lendo os pensamentos da mulher – Se soubesse que era tão linda pessoalmente, teria adiado alguns compromissos para estar presente no Pacto, talvez o impedir.

Impedir o Pacto? – indagara a loira para si própria em pensamento. Por que aquele vampiro faria tal coisa? Seria um inimigo de Julian? Onde estava Julian?

—Ah, por favor, perdoe minha indelicadeza... – dissera o sujeito, estalando os dedos – Permitirei que fale, mas por favor, não perca seu tempo com qualquer intenção de gritar ou chamar alguém. Estamos dentro de seu sonho. Se preferir, estamos dentro de sua mente. Mas sou muito mais experiente sobre o que está acontecendo, por isso eu dito as regras. Não estou aqui para a ferir.

Um segundo depois Scarlett sentira o ar entrando por sua boca e enchendo seus pulmões. Podia sentir o frio no ambiente, mas certamente era uma projeção de seus medos ou talvez algo causado pelo invasor para a impressionar.

Em outros tempos, jamais acreditaria estar presa em seu próprio sonho. Mas também jamais acreditaria que vampiros e outras criaturas existiam. Agora tudo era tão diferente de formas surreais, maravilhosas e assustadoras.

—Eu... – começara ela – Estou dormindo? Como está aqui e o que deseja?

O vampiro acenara levemente com a cabeça, confirmando o que ela dizia.

—No outro plano, seu corpo está deitado nessa mesma cama, inconsciente – explicara o vampiro – Como estou aqui? Eu poderia lhe contar que no passado conheci uma Sucubus e lhe explicar como funciona um Apanhador de Sonhos, mas nos poupemos dos detalhes técnicos chatos. Humanos raramente lembram tudo que sonharam, no fim das contas. Se lembrará apenas de minha face e bem pouco sobre nossas palavras. Deixemos formalidades para a realidade.

Meu CEO é um Vampiro - Livro I: O PactoOnde histórias criam vida. Descubra agora