XLV - As novas regras

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A adolescente apanhara a bolsa com os materiais escolares e fitara a mãe, que xeretava seus pertences enquanto arrumava as coisas em seu quarto.

—Mãe, isso é tão estranho! Quando souber, papai vai surtar...

—Seu pai não é o responsável legal por você, eu sou – respondera Scarlett batendo de leve na bunda da filha – E nós duas sabemos o que é melhor para a senhorita, concorda? Agora tente não se atrasar e me deixe orgulhosa.

A garota sorrira, alegando que mesmo se tivesse dez irmãos, seria aquela a deixar a mãe mais orgulhosa. Hannah era aquele tipo de garota, comprometida, focada e adaptável, forte. Scarlett admirava aquela personalidade.

—Não é todo mundo que tem talento para ganhar uma bolsa de estudos em Paris – exclamara a menina – Sinto inveja do Caleb e sentirei sua falta, mas cada um tem aquilo que merece, certo? Fico feliz por ele. Quanto a mim, acredito que me resta abraçar minhas oportunidades! Deixarei você e Julian orgulhosos!

Scarlett se aproximara e abraçara a filha, que tinha já quase sua altura.

—Desça logo, não vamos deixar o Sr. Scothfield esperando – argumentara.

Scothfield era o motorista particular que levaria a garota todas as noites para a nova escola particular. Hannah estava feliz com a súbita mudança.

—Estou indo. Nos vemos mais tarde, mãe. Te amo! – se despedira a menina, deixando o apartamento. Tudo parecia normal. Era o novo normal.

—Também te amo, querida... – respondera a mulher, fechando a porta.

Sozinha no apartamento, a loira se virara de costas para a porta e se deixara cair para trás, pensativa. Tantas coisas haviam acontecido nos últimos dias. Era muito para processar, mas ela estava dando conta do recado. Ainda havia muito para acontecer e precisava estar preparada. As férias estavam terminando.

Escorregando as costas na porta, Scarlett descera até se sentar no chão.

A loira usava uma curta mini blusa branca que mal lhe cobria os fartos seios e vestia uma calça larga de moletom azul clara. Nos pés estavam as confortáveis pantufas de coelhinho, macias e aquecidas e tinha os cabelos presos no alto por um lenço de seda verde. O raro estilo dona de casa sem preocupações.

Suspirara se lembrando dos incidentes. Primeiro ela metera o nariz onde não era chamada, algo que tinha talento para fazer. Fora descoberta, quase morrera e então sua vida fora salva por Julian. Acabara descobrindo sobre uma realidade que sequer sonhava existir e se tornara cúmplice de tudo.

Pelo menos nesse caso, havia uma luz no fim do túnel que não era um trem. Descobrira ainda que o delicioso CEO com quem vinha dormindo era muito mais poderoso do que imaginava. E o melhor de tudo? Ele se importava com ela e seus sentimentos eram recíprocos. E ele também gostava de sua filha.

Ela se comprometera a servi-lo pelo restante de sua vida. Literalmente.

O lado bom? Ele a protegeria, protegeria sua filha. Cuidaria das duas.

Obviamente, os sobrenaturais não os viam como um casal. Como veriam?

Ela era humana, mortal, era um vislumbre de tempo na eternidade de Julian.

Ele era eterno, poderoso e aparentemente todos tinham medo dele.

Todos a viam como uma serva, mas ela não se importava.

Meu CEO é um Vampiro - Livro I: O PactoOnde histórias criam vida. Descubra agora