capitulo 10

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Marília on: quando cheguei nessa cidade, passei por cada uma. Fui assaltada no primeiro dia. Tudo que tinha levaram, só não levaram minha mochila e o violão que carrego sempre comigo por pena mesmo. Bom, na mocinha só tenho alguns peças de roupas, não tenho nada de valor. A única coisa de valor que tenho é esse violão, já tá bem velhinho mas foi a única coisa que minha mãe deixou, bom ela não deixou, mas é a única coisa que tinha com ela quando as madres a encontraram e é meu único companheiro todo canto que eu vô ela vai junto. Eu não conhece minha mae, nem uma foto dela eu tenho ter esse violão comigo e como ter ela comigo sabe? . Mas todo o dinheiro que custei a juntar lavando os pratos no restaurante em Minas Gerais levaram.

Daí pra cá, tive que dormir na praça, no maior medo, mas o que eu podia fazer? Não tinha dinheiro pra pagar uma pensão, nem pra comer eu tinha. Ate tentei algum trabalho em lojas, restaurantes, mas não tive sucesso, eu entendo eles, afinal, nunca me virão na cidade, mas por outro lado, fiquei desanimada. Dois dias, passei dois dias perambulando pelas ruas de Goiânia, só com uma garrafinha de água, que um senhor me deu.

Isso até a noite de ontem. Já estava desaminada, e parei justamente em frente a uma casa noturna, sabe? Nunca pensei passar por aquela situação antes, mas já tava sem opções, e estava com fome. Até que um rapaz chega, mais uma vez o medo me domina, afinal, já tinha sido assaltada, e agora o que poderia acontecer? Mas por incrível que pareça e graças ao bom Deus, o rapaz me ajudou. Ajudou muito até. Pagou um lanche, e agora estou aqui em um quarto na casa dele, finalmente pude dorme tranquila.

Claro que é estranho um desconhecido me ajudar assim do nada. Mas não sei por que eu confio nele. O pai que parece não ter gostado muito de mim não.

Por pelo menos uma semana tenho um teto pra ficar. Vou trabalhar temporariamente, afinal não quero viver de favor. Já se passaram ums dias que estou aqui. Bom, eu cheguei era noite, ou melhor madrugada, então ninguém me viu. Quando foi no outro dia, alguns dos empregados me olhava estranho, o Léo disse que era apor eu parecer com a mãe dele. Eu não acho que pareça tanto assim. Mas em fim. Esses dias estão sendo ótimos, mas tudo pode mudar quando o seu Murilo chegar, talvez eu tenha que ir embora. E volta a estaca zero. Mas vamos esperar para ver o que vai acontecer

DIAS DEPOIS

Murilo já havia retornado dos shows, mas por insistência da Gabriela ficou na casa dela. Já terça ele deu ordem de fazer um jantar que só amigos estariam presente.

Cozinha
Já era noite e Marília estava na cozinha ajudando a Marta no jantar. Ambas conversavam, no início a Marta se espantou por Marília parecer com a Marília 😂😂. Mas apesar da aparência, existia também diferença entre elas o que acalmou a mais velha.

Marília cantarolava uma música do Henrique e Juliano enquanto mexia uma panela que estava no fogo.

Marta: você também gosta de sertanejo né?

Marília: gosto. Eu amo o Henrique e Juliano, gosto muito das músicas deles e de outros cantores também, mas deles muito mais.

Marta: eles são bons mesmo. Já fui em alguns shows deles é ótimo. Não é?

Marília: não sei nunca fui.

Leo: nunca foi onde? ( Pergunta chegando na cozinha).

Marta: estávamos conversando sobre música e saiba que ela gosta do Henrique e Juliano?

Marília: sim, como boa parte do país né? 😂

Leo: e nunca foi em um show deles? Mas eles vivem lá pro lado de Minas.

Marília: pois é né? Mas nunca tive a oportunidade, primeiro que não tinha dinheiro para os ingressos e quando tinha em algum lugar próximo, ou seja em outra cidade, de graça a madre não permitia. Ainda mais pra ir em festa. Então, sigo conhecendo eles só na tv mesmo.

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