Capítulo 6 - De Volta À Beverly Hills

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Luke Hart narrando...

Eu cheguei na Califórnia- Beverly Hills, hoje cedo e a primeira coisa que fiz foi ligar ao meu amigo, Vicent Greco. É um empresário e sócio de alguns dos meus negócios.

Os seguranças me seguem para qualquer lado. Pela minha profissão é natural que surjam pessoas que não aceitam uma decisão final do tribunal e atentem contra mim, como já aconteceu outras vezes. Por isso, essa mansão é cheia de seguranças. A minha mãe e a minha irmã cassula também são muito protegidas.

Voltando ao assunto, eu precisava dele por que a minha irmã está a tirar a todos nós do sério. Ela está em uma fase complicada da vida, pois faz exatamente um ano e meio que perdemos o nosso pai e nem ela, nem a minha mãe souberam lidar com isso.

A minha mãe está com hipertensão e temos tentado cuidar para que ela tenha uma saúde melhor. Por isso, contratei uma enfermeira para cuidar dela a tempo inteiro. A minha irmã está com 18 anos e acho que mal sabe o que quer da vida. Ela deixou a escola e agora descubro que está namorando um menino qualquer, foge dos seguranças com uma habilidade que até eu fico impressionado. Ela  deixou de ser a menina perfeita que o meu pai sempre elogiava e se tornou uma menina rebelde.

Eu: obrigado por ter vindo. - o meu amigo se senta na cadeira a frente da minha. Sirvo um copo de whisky e ofereço um a ele que aceita normalmente.

Estamos no meu escritório na mansão. Lugar que pouca gente entra, pois eu mesmo imponho isso. O mesmo lugar está decorado em tons cinza claro e escuro algumas plantas para dar vida, armários com livros, gavetas cheias de documentos e por trás do enorme armário o meu cofre contendo também a minha glock.

Como disse, por segurança nem todos têm acesso a esse lugar, especialmente a minha irmã.

Vicent: eu vim o mais rápido possível, irmão. O que houve? - caminho até à minha cadeira e me sento.

Eu: estou a pensar seriamente em trancar a minha irmã em um internato ou em uma escola para raparigas rebeldes. - digo frio e direto.

Embora digo assim como se não me importasse, eu me importo. E eu já tentei de tudo para que ela ouvisse ou mudasse mas ela não muda.

Vicent: as coisas estão tão más assim? - diz e dá um gole no whisky.

Eu: sabes que a minha mãe já não pode viver disso. Ela não pode se estressar e o que a Megan tem feito nos últimos dias? Estressar ela. - digo chateado. - no entanto, também quero o seu conselho. Acha que estou a ser radical?

Não costumo pedir Conselho a ninguém, a menos que seja o Vicent que é um amigo de anos e claro a minha mãe. Eu confesso que sou muito orgulhoso para me rebaixar a esse ponto e valorizo muito a minha autoridade.

O meu amigo leva a mão aos seus cabelos castanhos e suspira.

Vicent : sabemos a raiz do problema, que tal tentares uma conversa mais calma e ver no que dá? - ele tinha razão. Eu sou mais do tipo mandar e esperar que façam.

Dificilmente eu conversava com ela sem que ela se sentisse ameaçada e isso não me importava até hoje. Suspiro e passo a mão no meu queixo coberto por uma barba bem feita e fecho os meus olhos.

Eu: talvez tenhas razão. - digo.

(...)

Susan: que horas é que tu chegaste, filho? - ela lia uma revista sentada no jardim com a enfermeira ao seu lado.

A mesma apenas sorri e eu mantive o meu rosto sério e beijei o topo da sua cabeça. Cumprimentei a enfermeira com um aceno de cabeça e a mesma imediatamente se retira. Eu imponha mesmo autoridade. As pessoas ao meu redor tinham medo e respeito por mim.

O Recomeço - Concluído Onde histórias criam vida. Descubra agora