Capítulo 21 - Nostalgia

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Luke narrando...

Fernanda: você pode colocar uma música, por exemplo? Essa viagem está chata, não acha? - ela comenta mais uma vez.

Desde que a minha mãe teve a bendita ideia de que eu devia levar a sua doutora favorita, eu não tenho paz. Hoje é um dia difícil para toda a família Hart.

E para não ficar no trabalho, eu pensei que ficar com o meu amigo de longa data seria uma boa, relaxar seria ótimo. Mas nem isso posso fazer se a mulher irritante não para de falar.

Flash back on...

Susan: o que foi? Qual é o problema de irem juntos? - pergunta assim que ambos gritamos quase em desespero.

O que a minha mãe pensa que está a fazer? Essa mulher é chata, irritante e não se cala nunca. Fora claro, que ela me bateu. Como alguém me bate após ter lhe dado um beijo, se todas as mulheres matariam para estar comigo?

Eu: mãe...? - tento chamá-la a razão.

Fernanda: eh, não se preocupa, senhora Susan. Eu pego um táxi.

Argumentou meio sem graça a doutora faladeira.

Susan: de jeito nenhum, Luke. É o mínimo depois daquilo.

Então, não tive grande chance de escolha. Tive de concordar contra a minha vontade.

Flash back off...

Antes mesmo que eu faça alguma coisa. Como atirá-la para fora do carro ou algo do tipo, ela estica o seu braço até o rádio e coloca a tocar. Parece que a mesma não gostou da primeira música que parece ser da Taylor Swift e trocou.

Eu olho para ela em descrença. Mas que...?

A seguir começa a tocar Roar de Katy Perry e ela dança e se balança ao som da música. Enquanto os seus cabelos já soltos voam pela ventania que faz, já que o Capô do carro está aberto.

Os meus óculos escuros me dão um charme nesse momento, mas não acho que seja o suficiente para ignorar o que essa mulher está a fazer.

Desligo o som e ela me olha chateada.

Fernanda: o que você fez? - pergunta ela visivelmente irritada. - por que tirou a música? Era melhor do que te ouvir ou lembrar que estamos a ir no mesmo carro, senhor Arrogante. - suspirei e dei um riso amargo.

Ela não disse isso, disse? Quem ela pensa que é para falar comigo como se fôssemos amigos de longa data?

Era só o que me faltava.

Eu: você tem razão. Se o meu carro tivesse bancos traseiros, com certeza é lá que eu te enviava. Ao menos teria sossego. - digo calmamente sem demonstrar a raiva gigantesca que estou a sentir.

Ela me olha com a boca aberta e as mãos na cintura, sem acreditar. O que me faz sorrir com a cena.

Olhei no lado oposto em que ela estava e me permiti sorrir.

A seguir percebi que ela se calou e não disse mais nada. Pude até ouvir o som dos pássaros cantando em uma manhã de verão, e a paz que eu tanto precisava.

Ou talvez não, já que quando olhei para o lado ela havia adormecido. E vocês não vão acreditar. Ela adormeceu e se apoiou no meu ombro.

Ou seja. Se não está a falar, está a dormir? Quem é essa mulher?

Viro para os lados desconfortável com a situação e decido encostar o carro. Começo a cutuca-la para ver se ela desperta, mas pelo contrário. Ela se aninha ainda mais no meu braço e diz palavras desconexas.

O Recomeço - Concluído Onde histórias criam vida. Descubra agora