Capítulo 56 - Em Estado Grave

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Luke narrando...

Parece que a dor diminuiu, porque ela adormeceu no carro. Eu estava aflito e pedindo para que o Stuart corresse com o carro. Mal ele estacionou a frente da clínica, desci e dei a volta para a segurar em meu colo. Ela acordou novamente, e começou a gemer baixinho.

Corri para o interior da clínica com a minha esposa nos braços e percebi que havia sangramento no braço dela. Ela parecia mais fraca.

Imediamente a coloquei na cadeira de rodas trazida pelos enfermeiros e só aí eu percebi que ela foi atingida por um tiro no ombro.

O meu desespero só aumentou enquanto eu não sabia se a ajudava ou se procurava saber quem fez isso. Alguém usou um silenciador para matar a minha mulher.

Fernanda: por favor, salve os bebés. - Ela disse antes de a arrastarem para longe de mim.

Ela estava fraca. Diferente de como estava a algumas horas, ela está pálida e com os lábios secos. As lágrimas caiem dos meus olhos sem cessar e o desespero e o medo de perdê-la e aos meus filhos de uma vez só, tomam conta de mim.

Não é possível que após o dia maravilhoso que tivemos, após o nosso casamento e a revelação de que serei pai de duas crianças lindas, eu esteja morrendo por dentro. Por saber que a minha mulher foi alvejada e está em trabalho de parto.

Eu: meu amor, vai ficar tudo bem. Vai ficar tudo bem, eu não vou sair do seu lado. - digo enquanto a sigo para onde a estão levando.

Enfermeiro: senhor, isso é um caso grave. A sua esposa será levada para uma sala de operação. Ela está em estado crítico, mas preciso que se acalme, por favor. Vamos fazer o que for preciso para salvá-la a ela e ao bebé. - a enfermeira diz e as lágrimas caiem sem cessar dos meus olhos.

Eu: são dois. Ela está grávida de dois bebés. E olha para mim, a minha mulher e os meus filhos vão sair com saúde daquela sala. Está ouvindo? - ameaço a enfermeira apontando na sua cara.

Os meus seguranças me seguraram e me afastaram da enfermeira que logo foi para o mesmo lugar em que levaram a minha mulher.

Sentei nas cadeiras de ferro da sala de espera chorando como um menino desamparado. Cobri o rosto com as mãos e tremi não sabendo o que fazer.

Suspirei antes de me levantar e logo mandar os seguranças ir atrás de quem tinha usado o maldito silenciador para fazer uma atrocidade dessa.

Mas percebi que só eu não tinha percebido que ela tinha sido baleada. Porque eu estava tão aflito que mal percebi o que houve ao meu redor. E ela estava nos meus braços. Enquanto eu entrava com ela, os seguranças sacaram as armas e foram atrás do possível atirador, isso, disse um dos seguranças agora para o Stuart que é a única pessoa que está aqui comigo.

Eu estou me sentindo culpado por não tê-la protegido como eu devia.

Caminho de um lado para o outro e sinto o meu telemóvel começar a apitar.

Chamada on...

Mãe: filho, o que houve? Porque o hospital está interceptado?

Ouço a voz dela preocupada e suspiro tentando segurar as lágrimas que insistem em cair. Eu estou me sentindo um lixo e não há nada que eu possa fazer para reverter a situação.

Eu: a Fernanda, mãe. - digo com a voz chorosa.

Mãe: o que houve com a Fernanda, ela já deu a luz?

Ela pergunta sem entender nada.

Eu: enquanto desciamos do carro, ela foi alvejada. Eu nem sequer me dei conta, eu não soube protege - la. - choro mais e o Stuart, o motorista toca o meu ombro.

O Recomeço - Concluído Onde histórias criam vida. Descubra agora