Capítulo 17 - É Ela. Sempre Ela.

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Luke narrando...

Juiz Arnold: são pessoas influentes, mas nós estamos aqui para garantir que haja justiça nesse país. Não me permito ser subornado, Dr. Luke. - comentou.

Eu: o senhor pensa exatamente como eu. - digo e a seguir dou um gole no chá que pedimos após o nosso glorioso almoço.

O Juiz Arnold é um senhor de idade que foi muito amigo do meu pai. Ele tem me ensinado muita coisa sobre os falsos juízes aqui do tribunal.

Poucas pessoas ao nosso redor sabem da relação dele com a minha família e preferímos assim. Sei perfeitamente que no seio profissional podemos encontrar de tudo, e isso não é excepção.

Juiz Arnold: mas mudando de assunto, meu filho. Como está a sua mãe? Soube que ela foi operada no coração, mas infelizmente eu não estava no país. Como vê, acabei de chegar! - ele abre os braços gesticulando.

Eu: a minha mãe está muito melhor, graças a Deus. - digo e imediatamente me lembro de quem realizou a operação.

Fiquei em um restaurante almoçando com um juiz de prestígio como o juiz Arnold. Após tudo isso, decidi ir ao tribunal onde estava a Cindy para defender um caso.

Na verdade, eu seria o juiz naquele caso. Chego no tribunal e me dirijo até o meu escritório. Lá visto a toga e pela porta traseira eu entro e todos se levantam. Dei início à sessão e como imaginado a mulher era muito bem articulada e sabia bem aquilo que estava a defender.

Ouvi as duas partes. No caso do réu e o do promotor da vítima e pedi um tempo para analisar cuidadosamente o caso.

Enquanto eu lia, os documentos na minha mesa, ouço uma batida na porta.

Eu: entra! - ordeno e abro o meu notebook.

Vejo uma silhueta familiar e percebo ser a Cindy e o Promotor logo atrás de si.

Cindy: meritíssimo, se me permite, eu gostava que validasse a testemunha principal que faltava nesse caso. Por motivos de saúde ela se atrasou, mas já cá está. - disse colocando as mãos à frente do seu lindo corpo.

Analiso as suas feições e a seguir olho para o promotor que pigarreia e endireita a gravata parecendo nervoso.

Eu: está tudo bem, promotor? - me reclino na cadeira e ele atrapalhado concorda com acenos.

Promotor: sim, sim, me... Meritíssimo! - ele sorriu para mim e pelo canto do olho vi a Cindy segurar um riso.

Isso é algum circo? Levanto uma sobrancelha completamente confuso, e ela agora pigarreia.

Eu: Dra. Cindy, as testemunhas já foram apresentadas. Daqui a pouco voltamos, o que deseja ao fim de tudo? - junto as mãos sobre a mesa.

Ambos estão em pé e antes que a Cindy diga mais alguma coisa, o promotor entrega para mim um documento em um envelope castanho e só então se pronuncia.

Promotor: meritíssimo, eu vim pedir que... - continua nervoso. - que validasse por favor, essas provas. Elas acabaram de chegar. O que queremos é que se faça justiça, portanto... - deixa a frase no ar.

Olho para o envelope e a seguir para ele.

Eu: o que é isso? - pergunto sem tocar no envelope.

Eu esperava que ele ao menos dissesse do que se tratava. Uma coisa é certa. A Cindy não é defensora de criminosos, e eu estou longe de favorecer alguém no tribunal por nos conhecermos. Portanto, peguei o envelope após ter dado uma olhada sem toca-lo e pedi para que ambos me deixassem sozinho.

O Recomeço - Concluído Onde histórias criam vida. Descubra agora