CAPÍTULO 03

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Bom dia leitoras lindas do meu coração! Estou muito feliz, em poder compartilhar com vocês mais um Ebook, com uma linda história de amor! Como ainda estou em fase de finalização deste ebook, as postagens será apenas uma vez na semana. Mas acompanhe e se apaixone pela Harley e o César!! 


 HARLEY

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 HARLEY

No dia seguinte despertei com o insistente barulho do despertador do telefone. Levantei sonolenta, e ainda cansada, mas gostava de acordar uma hora mais cedo pra poder revisar todo conteúdo da faculdade, graças a Deus que hoje é sexta-feira.

Sentada na cama, ouvi o barulho da porta da casa sendo aberta, e me levantei a tempo de ver o Vitinho entrando sorrateiro em casa.

— Não acredito que você saiu pra rua ontem a noite?! — falei brava com ele, pois na minha inocência acreditei que meu irmão havia ido dormir, como sou besta mesmo, pensei.

— Você é muito careta Harley...— respondeu com a voz enrolada, demonstrando que havia bebido. E despreocupado seguiu pro seu quarto.— Fui dormir!

Amo muito meu irmão, mas infelizmente ele não tem compromisso com nada e pior leva a vida de qualquer forma sem se preocupar comigo ou com a vovó. Essas inconstâncias e vícios dele vão acabar o matando.

Sem conseguir mais ter cabeça pra estudar, fui me arrumar pra mais um dia de trabalho, porque diferente do meu irmão, eu levo a vida muito a sério e gostaria muito de ver as coisas melhorar pra nossa família.

Após me arrumar fui direto pra cozinha, pois o cheiro do café que a vovó preparava, estava aromatizando toda a casa.

— Bom dia vovó! — falei a abraçando.

— Bom dia minha filha, como você está? — ela perguntou, enquanto me servi de uma generosa dose de café.

— Estou bem vozinha.

— Minha filha já estava acordada hoje fazendo minhas orações, quando ouvi o Vitor chegando. — falou preocupada, vovó era uma mulher de muita fé.

— Ai vozinha, Vitinho tem cada vez ficado pior, pensei que ele fosse mudar, mas nada. — respondi desanimada e cansada das atitudes dele.

— Só Jesus minha filha, pra mudar os caminhos do seu irmão. — refletiu.— As vezes sinto que falhei tanto com ele.

— A senhora não falhou com ninguém vovó! Eu e o Vitinho vivemos a mesma vida, ele que escolheu o caminho errado. E a senhora é a mãe, que nossa própria mãe, nunca será.— afirmei.

Ainda crianças meu pai e minha mãe se separaram, mamãe não queria a vida de casada e muito menos ter trabalho com filhos pequenos. Meu pai voltou com a gente pra casa da vovó, e a mamãe foi curtir a vida que ela tanto queria. Infelizmente não demorou muito, papai teve um infarto e morreu, e como já morávamos com a vovó, ela assumiu definitivamente nossa criação.

Não tenho mágoa da minha mãe, até porque a vovó sempre foi maravilhosa comigo e com Vitinho, as vezes quando mamãe vem em Cuiabá até nos encontramos, é estranho, pois ela teve outra família mas pra mim está tudo bem, mas meu irmão nunca aceitou bem as coisas, e cresceu com o sentimento de ter sido rejeitado.

— Difícil minha filha!

— A noite eu converso com ele. — falei pra vovó, depositando a xícara na pia. — já vou indo não quero me atrasar vozinha.

— Vai com Deus minha filha!

E tentando desconectar dos problemas do meu irmão, segui com a esperança que hoje poderia ser um ótimo dia.

****

Geralmente as sextas-feiras era o dia mais movimentado da loja, muitas pessoas iam atrás de uma roupa pro final de semana, seja pra ir na balada, aniversário ou apenas curtir o dia em família. E como somos uma grande loja de varejo, há peças para todos os gostos.

Amo montar o manequim com as peças de roupas que chegam na loja, e o mal de trabalhar com roupas é que sempre quando gosto de alguma, garanto ela pra mim, com o desconto especial de vendedora.

E graças a trabalhar na loja, eu tenho um guarda-roupa com muitas peças bonitas. No final do dia estava com meus pés doloridos, cansada e tentando me animar pra aula desta noite.

Estava caminhando pro banheiro quando seu Pedro, o gerente da loja me chamou dizendo que uma amiga estava ao telefone, fui o mais depressa atender, porque pra alguém me ligar na loja deve ter acontecido algo muito grave.

— Oi. — falei ofegante, ao telefone.

— Harley, sou eu a Juliana. —reconheci a voz, antes mesmo dela falar o nome. Pois sempre fomos amigas e vizinhas.

— O que aconteceu Ju? — perguntei aflita, sabendo que vinha notícia ruim.

— Vitinho roubou a turma do Leão novamente. — gelei com a menção do nome do traficante, e pra minha infelicidade ela continuou: — amiga está o maior comentário, que a cabeça dele vai rodar.

— Ai meu Deus Ju! — falei aterrorizada.

— E agora Harley? Assim que fiquei sabendo te liguei, quer que eu procure sua avó?— me perguntou aflita.

— Vovó não, é perigoso ela passar mal com a notícia. Estou indo aí agora, se ver meu irmão me avisa imediatamente.

— Tudo bem Harley, vou vigiar tudo pra você.

Desliguei o telefone consternada com mais uma das estúpidas ações do meu irmão, e orando a Deus para ele fosse protegido da fúria do Leão.

Nem tirei meu uniforme, apenas peguei minha bolsa e o capacete, e caminhei imediatamente pra minha moto. Neste horário de final de expediente o trânsito fica mais movimentado pela quantidade de veículos e pessoas trafegando, fazendo eu demorar um pouco pra chegar no bairro onde eu moro.

Ao longe já avistei a Ju aflita em frente ao bar do Adão, que se encontrava vazio no momento, fazendo eu temer pelo pior.

— Ju cade meu irmão? — perguntei depressa, mal parando a moto.

— Está com os soldados, sabe Deus onde... — respondeu nervosa. E continuou: — E agora Harley?

Tentei pensar mesmo angustiada, pois nenhuma de nós sabe bem, pra onde eles levam as pessoas pra esses salves ou sabe-se lá o que vão fazer com meu irmão.

— Já sei... — falei, acreditando que essa era minha última esperança.

— O que você vai fazer ? — Ju me perguntou aflita.

— Vou procurar o Leão. — falei determinada.

E sem esperar uma resposta ou raciocinar direito, acelerei a moto e dirigi em direção a casa, ou melhor quartel-general do tráfico.  

EU AINDA ESCOLHO VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora