CAPÍTULO 08 - JÚLIO CÉSAR

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Boa noite! Como prometido capítulo atualizado... Voltamos a rotina normal de publicação, e toda segunda terá capítulo atualizado.

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JÚLIO CÉSAR

Estava na minha sala discutindo um caso com minha equipe de campo, quando o Cadu fez um comentário que me chamou atenção.

— Dessa vez mandaram umas estagiárias gostosonas heim... — disse malicioso, em tom de brincadeira.

E automaticamente levantei a cabeça e acompanhei o olhar dele, que observava a Harley, que havia acabado de chegar, e estava ligando o computador, de fato uma mulher muito bonita.

Hoje ela havia deixado seu volumoso cabelo cacheado solto, e usava uma calça jeans solta e havia colocado uma camisa social branca , que realçou sua pele negra. Automaticamente ela virou a cabeça em direção a minha sala, mas como o vidro era refletivo ,apenas estando dentro pra se ter uma visão de fora.

Ontem quando cheguei e meus olhos encontraram os dela, senti como se houvesse um mundo desconhecido e fascinante a minha frente, como se fosse uma dose extra de adrenalina, um sentimento perigoso, que eu nunca senti antes.

Mas logo apaguei essa maluquice da cabeça, ela era apenas um rosto bonito, que ganhou minha atenção.

— Cadu, na equipe vamos manter apenas amizade, para não atrapalhar o andamento do processo.— Fabrícia se adiantou e o repreendeu.

— Não está mais aqui quem falou, mas se der mole, eu pego. — disse rindo, e internamente me incomodou.

— Vamos voltar ao que interessa? — falei rude, ganhando a atenção de todos. Continuamos a discutir o caso sem mais nenhuma outra interrupção.

****

Mas tarde, um pouco cansado psicologicamente resolvi parar de ler os documentos de uma investigação e pegar uma generosa dose de café na copa do setor. Quando cheguei na copa a Fabrícia, Luísa e a Harley estavam sentadas rindo de algo que a Fabrícia falava, e imediatamente pararam.

— Por favor continuem, vim apenas pegar café. — falei sorrindo.

— Estou contando pra elas a primeira vez que sai pra operação em campo. — a Fabrícia falou sorrindo.

—Ah, ela disse que quase me matou? — perguntei brincalhão, com a risada das meninas.

A primeira vez que a Fabrícia saiu pra operação no campo, ela ficou tão ansiosa e nervosa, que na hora de atirar se desequilibrou e a bala passou a cinco centímetros do meu ouvido. Hoje em dia rimos, mas na época foi assustador.

— A primeira vez é o batismo do policial. — a Fabrícia falou, com um sorriso da lembrança.

— E a sua vez doutor, foi tão empolgante? — a Luísa perguntou.

— Foi mais tranquilo, sem grandes emoções ou risco de vida. —respondi a verdade, por mais que a minha primeira vez foi desmanche de garimpo ilegal e não foram tão amigáveis, consegui manter tudo sob controle.

— Meninas ele está sendo modesto, ele é um, se não o melhor atirador dentro deste estado. — Fabrícia pontuou, ganhando meu sorriso.

— Exagerada.

— Acredito que não saberia portar uma arma, ficaria com medo dela disparar sozinha. — Harley confidenciou.

— Qualquer dia te ensino. — respondi na pressa, e me arrependi no mesmo momento. E para minha infelicidade no momento que a Nadine entrou.

— O que você vai ensinar César? Pois quero estar no primeiro lugar da fila. — a Nadine falou sedutora, o que me causou mais incomodo.

— Você não se aplica mais na condição de aluna para aula de tiro. — a Fabrícia falou depressa pra Nadine, e continou:— Mas você Harley, cobre dele essa aula.

E após falar saiu da sala, pois ela e a Nadine nunca se deram bem. E não me passou despercebido o olhar ameaçador que a Nadine deu a Harley.

— Com licença meninas, vamos até minha sala Nadine.

Falando isso me retirei com uma Nadine mais séria e carrancuda, e assim que entramos na minha sala ela falou.

— Deve ser adorável essa estagiária, pra você oferecer aula. — falou possessiva.

— Nadine larga de bobagem, o que você quer? — fui direto ao ponto, porque não gostei do tom que ela falou e nem tinha motivo para falar.

— Apenas vir te trazer estes documentos.

E conversando de serviço seguimos, não existe mais possibilidade de ter mais nada com a Nadine, pois ela quer um direito, que nunca teve.

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