CAPÍTULO 16 - HARLEY

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HARLEY

 Fui até minha casa deixando as compras, e avisando a vovó que sairia rapidinho. Nem sei com o que presentear alguém que já tem tudo, e nem tenho dinheiro pra presente caro. Fui na Ju pedir a opinião dela e ela me incentivou a comprar um perfume, mas achei muito pessoal e sem contar que o perfume que ele usa é maravilhoso, não pediria pra mudar jamais.

Então lembramos que um livro é sempre um ótimo presente, como ela não poderia ir comigo, sai da casa dela direto pra livraria mais próxima pra ver se pegava ainda aberto. Parei minha Biz em frente a uma loja que vendia joias folheadas a ouro, e imediatamente meus olhos avistou algo que chamou muito minha atenção dentro da loja.

Entrei na loja e o pequeno enfeite de mesa que me despertou atenção, era uma miniatura de um carro da polícia federal de metal e com as rodinhas emborrachadas, que ficava em cima de uma plataforma preta, com uma delicadeza e com os detalhes bem trabalhados, simplesmente lindo!

Uma vendedora sorridente me abordou.

— É lindo, né? — disse olhando pra peça, e continuou: — Chegaram pouquíssimas unidades, mas cada uma diferente, e todas foram vendidas essa é a única que sobrou.

— Achei tão lindo! — falei encantada, a vendedora retirou ele colocando na minha mão. — ele é bem pesado...

— Sim ele é todo de metal, e pode ser retirado da base, que o carro se move, abre as portinhas e no escuro a sirene tem um leve brilho, o deixando ainda mais charmoso.

Antes mesmo dela terminar de falar, eu já estava encantada e decidida a levar o carrinho.

— Vou levá-lo!

— E pode gravar nome ou frase aqui no suporte. — me disse, apontando com o dedo pra base reluzente do enfeite.

— Eu quero.

O enfeite foi bem mais caro que o livro, e tive que desembolsar bem mais dinheiro que o planejado, mas fiquei feliz com o presente escolhido e achei ele tão significativo, e torcendo para que o delegado não tenha nada parecido, e goste dele tanto quanto eu, pedi para gravar a frase: Para o delegado Júlio César com carinho.

****

Ao longo do dia tentei falar com a Luísa pra pegar uma carona, pois o caminho é perigoso pra ir de biz. Mas quando chegou o final do dia não tive alternativa, tive que me arriscar e ir de moto; e para vovó não se preocupar disse apenas que iria em um aniversário, mas não especifiquei que era em outra cidade.

E um percurso que geralmente demora uns quarenta minutos, eu levei uma hora e meia pra fazer. Mas cá estava eu adentrando a cidade de Chapada dos Guimarães, graças a Deus bem. A comemoração será em um espaço de festa, que fica em um famoso restaurante na beira de um penhasco.

Eu nunca vim nele, pois nunca tive dinheiro pra restaurante caro, mas como ele é muito famoso, eu já ouvi falar muito bem do lugar.

Parei a biz no estacionamento pra moto e incrivelmente tinha mais uma única moto parada, era uma Harley-Davidson preta a admirei encantada, mas só evidenciou a classe social que estava presente no local.

Na recepção um maître me recebeu e me direcionou sentido onde a festa acontecia, e como já cheguei um pouco tarde, o lugar já se encontrava lotado de pessoas, e uma cantora conhecida no estado, cantava uma bela canção mais a frente.

Na decoração tons de preto e prata dominava o ambiente, deixando tudo ainda mais encantador. Mas oque começou a me chocar foi que, a maioria das pessoas estavam de preto, branco e umas duas de vermelho; o que me destaca ainda mais.

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