CAPÍTULO 14

59 17 9
                                    

Boa noite leitoras lindas, e ai o que estão achando da história? 

 Com um plano na cabeça, cheguei na polícia federal para mais um dia de trabalho

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

 Com um plano na cabeça, cheguei na polícia federal para mais um dia de trabalho. Devido a operação de ontem as coisas estavam agitadas no setor, advogados de alguns políticos vieram falar com o delegado, o que me impossibilitou de conseguir falar com ele ao longo do dia.

Em Brasília as coisas estavam ainda piores, porque a operação de ontem foi um trabalho conjunto realizado em vários estados brasileiros, inclusive em Brasília foi preso o senador José Alfredo, pois foi achado em sua residência uma parede de dinheiro; fruto de corrupção.

No final do dia, próximo do final do meu expediente, havia perdido a esperança de conseguir falar com o delegado a sós. Desliguei o computador e iria pegar minha bolsa pra ir pra aula, quando o vi saindo de sua sala e indo pra copa.

Percebendo o setor menos movimentado, vi a oportunidade perfeita de falar com ele a sós. Confiante me levantei depressa e segui pra copa com um único objetivo: revelar toda a verdade!

Ele estava se servindo de água e não pude deixar de admirar seu belo porte em um terno preto, e de como ele era um homem bonito. Mas percebendo minha presença , ele se virou e me cumprimentou com um sorriso discreto.

— Oi Harley, tudo bem?

— Oi doutor, tudo bem. Eu gostaria de falar com você. — falei objetiva, sem jeito.

— Eu também gostaria de falar com você... — falou me deixando surpresa, e charmoso continuou: — e não precisa me chamar de doutor, apenas Júlio César.

— Júlio César. — repeti olhando em seus olhos, e senti uma mudança, uma atração no ar, algo que ele sentiu também e percebendo pigarreou de leve e falou.

— No início do próximo mês é meu aniversário, vou fazer uma comemoração em Chapada dos Guimarães, vai lá — olhei confusa e me recompondo falei.

— Obrigada Júlio! — agradeci sem graça.

— E o que você queria falar? — ele me perguntou.

Nem deu tempo de processar a pergunta, pois a agente Nadine entrou na copa, e ficou muito séria olhando do Júlio pra mim e ironizou:

— Essa copa ao que tudo indica se tornou um lugar interessante. — disse a última palavra lentamente.

Não gostando da forma que ela falou e me sentindo uma completa estranha no meio dos dois, pedi com licença saindo da sala sem aguardar resposta. Fui até minha mesa, pegando minhas coisas e indo embora frustrada sem ter conseguido falar o que eu queria.

 Fui até minha mesa, pegando minhas coisas e indo embora  frustrada  sem ter conseguido falar o que eu queria

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

JÚLIO CÉSAR

Olhei pra Nadine, mantendo a expressão neutra, para não externar todo o desgosto que estava sentindo.

— Agora você vive de papo com essa estagiaria, César? — me perguntou irritada, sorri sem achar graça e sério respondi.

— Não estou acreditando Nadine, que agora te devo satisfação de com quem falo! — falei rude, fazendo ela se assustar, mas logo se recompôs.

— Só penso que pode pegar mal pra você, ter alguma coisa com as estagiárias do seu setor. — sorri sem acreditar no que estava ouvindo, e ela completou: — te falo como amiga, é claro!

— Guarde este conselho pra você Nadine, você bem conhece a minha conduta. Não me envolvo com pessoas da minha equipe e como você bem sabe, a única desta corporação que já tive algo foi com você e ainda assim acabou! — fui firme nas palavras para que não houvesse dúvidas.

— Desculpa César, te alerto como amiga, mas você sabe que te adoro e não gostaria de te ver em uma situação embaraçosa. — justificou, mudando de assunto em seguida: — Mas enfim, não foi pra isso que vim aqui...

Passo o dia tendo que lhe dar com advogado de político safado, com seus discursos ensaiados de como a polícia agiu errado, porque são honestos e podem manchar a reputação do infeliz, e agora como cereja do bolo vem a Nadine e me coloca em uma situação dessa.

Este tipo de cena da Nadine, só reforça o quanto relacionamentos amorosos podem ser desgastante na vida de uma pessoa, nada contra é claro. Mas perde a liberdade pra ser de uma única pessoa e geralmente ainda tem que lhe dar com crise de ciúme.

Mas isso porque você nunca amou a Nadine, o Fred e o Murilo vivem seus amores com intensidade... um pensamento sorrateiro passou na minha mente, que tentei apagá-lo, com a mesma intensidade que apareceu.

Com que impressão a Harley ficará de mim, se toda vez que conversamos a Nadine aparece como se tivesse direito a algo?! Inferno não devo satisfações da minha vida pra ninguém também, e nunca fui de me preocupar com o que os outros pensam a meu respeito.

Mais tarde, enquanto me exercitava no meu apartamento me lembrei que a Harley não falou o que queria comigo, e fiz uma anotação mental de no dia seguinte perguntar.  

EU AINDA ESCOLHO VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora