Boa noite minhas amadas leitores!
Devo um pedido de desculpa pelo atraso do capítulo, e gostaria de dar um aviso a você que começou a acompanhar a história da Harley e do César: pelas próximas três semanas, não conseguirei disponibilizar com frequência os capítulos de segunda-feira. Peço perdão!
Estou com uma carga extra de trabalho, e me preparando para uma prova. Peço sua compreensão e não desista da história, assim que passar esse período, volto com foco total.
Olhos castanhos e misteriosos me observaram de volta, um rosto de menino com o peso de um homem, uma barba cheia desenhava seu belo rosto, cabelo volumoso curto com alguns fios grisalhos o deixavam ainda mais atraente na sua pele clara levemente bronzeada, estava trajando um terno preto bem alinhado, e como o paletó estava aberto destacava o distintivo pendurado no pescoço, e uma arma no coldre.
A voz da Fabrícia quebrou o transe que eu estava, e tentando disfarçar me concentrei no que ela falou e do meu lado a Luísa ostentava um enorme sorriso.
— Doutor essa é a Luísa — ele ficou na nossa frente, e sua fragrância amadeirada e masculina perfumou o lugar.
— Prazer Luísa, a sua disposição Júlio César. — ele falou a cumprimentando, com um sotaque carioca.
— O prazer é todo meu doutor, me sinto honrada em poder fazer parte da sua equipe. — Luísa falou empolgada, e ganhou um sorriso contido.
— E essa é a Harley, doutor. — Fabrícia falou me apresentando.
— Harley, bem-vinda! — ele falou lentamente meu nome, me olhando nos olhos. E sem desviar o olhar falou: — Que juntos possamos aprender como uma equipe.
— Obrigada! — agradeci, com a sensação que ele poderia descobrir minha vida inteira apenas com o olhar. E mais uma vez a Fabrícia falou.
— Doutor deixei alguns documentos na sua mesa, que precisa da sua atenção. — ela falou séria.
— Vou vê-los, obrigado Fabrícia!— agradeceu ela, e se virou falando pra mim e pra Luísa:— E bom, deixo-as nas melhores mãos, qualquer coisa me procurem. — disse gentil, se retirando em seguida, indo em direção a sua sala, que ficava mais afastada.
A Fabrícia terminou de nos mostrar o lugar e falar da parte institucional, e depois nos levou até nossa mesa. O lugar que ficaríamos era igual ao dos outros agentes, com exceção que em cima da nossa mesa havia apenas um computador desligado, sem nenhum detalhe.
A Fabrícia passou a tarde nos explicando como funcionava um inquérito policial, a investigação e todo o trâmite que envolve o caso. Como eu faço administração, tudo que ela falou soou como uma grande novidade, mas tentei agir como se já tivesse algum conhecimento.
Depois que o delegado foi pra sua sala, não o vi mais. Mas ao longo do dia, pude ver vários agentes entrando e saindo da sua sala. Tentei apagar da minha mente qualquer fantasia que ela estivesse criando, pois minha vida já andava uma confusão, pra poder me preocupar com mais uma.
No fim do dia eu sinceramente havia gostado de tudo que aprendi, e me simpatizado com o pessoal que conheci, se não fosse as circunstancias que me trouxeram até aqui, certamente estaria amando esse novo mundo.
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No dia seguinte pela primeira vez em um bom tempo, acordei com o aroma do café que a vovó fazia. Como o estágio começava a partir das doze, poderia me dar esse luxo de acordar um pouco mais tarde pra estudar.
Após escovar os dentes e ainda de pijama, fui até a cozinha.
— Bom dia vozinha linda! — a abracei.
— Bom dia minha filha!
— É bom acordar um pouquinho mais tarde... — falei me servindo de uma dose de café.— havia esquecido como é boa essa sensação de acordar um pouquinho mais tarde. — ganhei um sorriso amoroso dela, em compreensão.
— Você é tão responsável minha filha, que não tem vivido a sua idade e as coisas boas de ser jovem.— e saudosa continuou a falar:— Se seu pai ainda fosse vivo, certamente ele teria muito orgulho de você e talvez o Vitinho fosse mais cabeça no lugar.
— Está preocupada com ele vovó? — perguntei, entendendo o que ela queria dizer.
— Muito minha filha, eu não sei até quando Vitinho vai ficar com sua mãe, sem arrumar uma grande confusão por lá. É bem sabemos que ela não é muito boa com conflitos.
— Geralmente os descarta. —refleti.— mas vovó, Vitinho é homem-feito, por bem ou mal está na hora dele mudar e talvez ele pense nas atitudes dele.
— Que Deus te ouça, minha filha!
Ainda ficamos mais um tempo conversando de amenidades do bairro, e quando nossa vizinha chegou, me retirei para estudar um pouco antes de trabalhar.
E enquanto estudava, minha mente vagou até meu encontro de ontem com o delegado Júlio César, que homem bonito e atraente. Um homem como ele deve ter uma fila de mulheres atrás o disputando, e que pensamento idiota o meu.
Estou infiltrada lá dentro, e não importa o tipo de amizade que crie com os colegas da polícia, pois o dia que a farsa cair, não passarei de uma maldita criminosa. Então que seja melhor eu ficar na minha, e orar para que Deus me abençoe e eu saia dessa menos machucada.
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EU AINDA ESCOLHO VOCÊ
RomanceHarley é uma mulher determinada, que se esforça muito estudando e trabalhando. Mas uma fatalidade fará com que ela trilhe caminhos não desejados, mas necessários. Júlio César é um delegado admirado por todos, e que preza por sua reputação acima de...