CAPÍTULO 17

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Boa noite, aproveitando o finalzinho dessa segunda para disponibilizar esse capítulo gostoso! E dizer que no próximo mês este ebook será lançado na Amazon... Afinal tem uma outra história que estou doida para contar a vocês kkkk 

 A Luísa não se aproximou mais, vi ao longe ela conversando com o Cadu e o Lucas animadamente, mas nem olhava em nossa direção

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 A Luísa não se aproximou mais, vi ao longe ela conversando com o Cadu e o Lucas animadamente, mas nem olhava em nossa direção. Resolvi nem ligar, pois vi que ela havia ingerido um pouco de álcool e talvez isso tenha gerado a mudança de humor.

Já era madrugada quando resolvi ir embora, na pista de dança ainda havia muitas pessoas curtindo e dançando ao dos acordes da música sertaneja. Mas pra mim já deu, pois ainda levaria um bom tempo até chegar em casa.

Quando cheguei no estacionamento, um vento frio soprava no ar e a neblina havia deixado a noite chapadense ainda mais fria e encantada.

Ao longe vi o César próximo de um carro se despedindo de um casal de amigos, e o carro logo deu partida e se foi, quando ele se virou nossos olhos se encontraram, e ele veio andando em minha direção.

Assim que chegamos perto um do outro, senti como se meu corpo tivesse vida própria e um ninho de borboletas houvesse se formado em mim.

— A festa estava maravilhosa Júlio!— falei quebrando o silêncio.

—Mérito da Hari e da Gaby que organizaram tudo, eu apenas aproveitei o dia de hoje. — falou com sorriso terno.

Um silêncio que na minha cabeça falava mais que as próprias palavras, se formou novamente, e nos afetou. Ele me olhou com tanta intensidade, que por um momento me perdi na imensidão de seus olhos castanhos. Mas tentando me segurar no único fio de razão, que se passou na minha mente, me despedi.

— Obrigada mais uma vez Júlio, vou indo que o caminho é longo...

Nem esperei uma resposta virei-me e fui pegando o meu capacete.

— Você veio de moto? — me perguntou incrédulo, e completou: — Harley pode ser perigoso voltar nesta moto a essa hora, sem contar que tem muita neblina.

— Fica tranquilo, sou uma excelente motociclista! — respondi tentando o tranquilizar.

— Não duvido, mas é muito arriscado. — me repreendeu, me deixando irritada.

— Não tem problema... — falei rude, subindo na moto e quando girei a chave, pra minha total surpresa e decepção: a moto não pegou.

Fiz ainda mais umas tentativas, com ele ao meu lado me observando atentamente em silêncio. Não acredito que está acontecendo isso comigo, pensei irritada, me repreendendo por ter ido em outra cidade sem avisar vovó, isso que dá omitir as coisas.

— Harley posso olhar o que está acontecendo? — me perguntou calmo, chamando minha atenção.

— Sim, por favor... — derrotada respondi, saindo de cima da moto.

Ele se abaixou e ficou olhando atentamente na parte do motor, depois olhou em cima e tentou ligá-la mais uma vez.

— É simples... — ele falou sério.

— O que é? —perguntei preocupada.

— Gasolina.

O olhei surpresa, sem acreditar, e me lembrei que assim que cheguei na cidade vim direto pra festa. Que burrada! É obvio que acabaria, e agora pra me lascar não creio que vou achar um posto para abastecer aberto.

— Aqui não tem posto de gasolina aberto, né?— perguntei pra ter certeza, mas ele balançou a cabeça em negativa. — E agora, se pegar carona a moto fica aqui, e depois não tem como buscar, não sei o que fazer... — falei em voz alta, mais pra mim mesma, preocupada.

— Fica tranquila, se não me engano na casa da minha avó terá... — o olhei confusa, sem entender, e ele completou: — gasolina, a máquina de grama necessita! — justificou pro meu esclarecimento, completando: — vamos lá pegar?

— Mas e sua festa? — perguntei, pois a dupla sertaneja ainda cantava e havia várias pessoas lá dentro. Ele olhou em direção a festa, me respondendo em seguida.

— Vou te ajudar e volto, será rápido!

Fiquei um pouco incerta se devia aceitar, mas não tinha oque fazer. Caso contrário ficaria na rua até o raiar do dia, e isso poderia ser um tanto perigoso, pra minha má sorte.

— Tudo bem, desde já agradeço Júlio.

Rapidamente ele ajustou a moto na carroceria da caminhonete dele, e assim que entramos no carro um silêncio estranho se formou mais uma vez, mas rapidamente chegamos na frente de uma casa, que fez minha boca se abrir de tão linda que era.

Ele acionou um portão eletrônico, que se abriu nos dando passagem pra entrar com o carro. Assim que parou ele falou:

— Vou pegar o galão com gasolina, fica a vontade Harley.

— Obrigada.

Assim que ele saiu do carro, sai também para admirar a beleza do lugar.

A casa era de dois andares, num formato de chalé moderno, com vidros, simplesmente linda. O quintal se estendia num gramado verde, com várias árvores na lateral e uma enorme piscina mais à esquerda, o tipo de lugar que dá a sensação de paz e tranquilidade só de olhar; simplesmente lindo!

— Ainda tem metade do galão. — ele voltou falando. — acho que dá...

— Aqui é lindo César, sua avó deve adorar viver aqui... — falei sem olhá-lo, ainda encantada com a beleza do lugar.

— Ela ama aqui, na verdade eu também adoro este lugar, sempre que posso venho pra cá.

— Te entendo. — falei fascinada, com o que via.

Ao me virar dei de cara com ele me observando, e não sei se foi a noite divertida, o clima do lugar ou a beleza que me fascinou tanto, eu não quis pensar em mais nada, a não ser no belo homem a minha frente, que me observava com tanta intensidade.

Ele se aproximou, deixando o galão na mesinha ao lado, sem perder o contato visual e ficamos tão perto que nosso ar se tornou o mesmo.

— Harley, eu... — as palavras fugiram ao olhar em meus lábios. — eu quero te beijar!

E ao olhar em meus olhos, ele teve a permissão que tanto queria, pois eu compartilho da mesma vontade. E na emoção do momento e na loucura do desejo, nos beijamos, e o que começou leve, se tornou uma exploração de sentimentos, que havia sido reprimida por muito tempo.

E seus lábios doces e macios me fizeram me perder, e ter a sensação que mesmo que passar um bilhão de anos, estarei perdida para sempre, pois mesmo que eu viva uma vida, eu ainda vou o querer.

Passei a mão em seu rosto e deslizei os dedos em seus cabelos, mapeando e gravando cada mínimo detalhe, que tanto desejei desde a primeira vez que o vi, meu corpo foi envolvido por seus fortes braços, me fazendo me sentir segura, desejada e protegida.

EU AINDA ESCOLHO VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora