Ovelha Negra

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Não,
Há sonhos dançando ao meu redor
Eu caio, mas alguma coisa me faz seguir em frente
Um compromisso, não, eu não posso esquecer
 
O mundo nos prometeu uma cura,
Mas era ele quem envenenava
O rio no qual sempre navegamos
 
Nós tomamos grandes distâncias
Correndo atrás dos ventos,
Para onde eles indicavam
 
Às vezes, parece estúpido
Até nos darmos conta,
De que é tudo o que temos
 
Eu não desisti, e não mudarei de ideia
Um coração quebrado, ainda é capaz de se indignar
 
Não há outro destino,
Tudo o que nossas estradas significam
É luta
 
Éramos dias felizes,
Mas de repente, acordamos em um beco sem saídas,
O medo era natural,
Mas aprendemos a desafiar
 
Tudo porque tínhamos um ao outro
Isso jamais permitirá,
Mesmo cansados, arruinados
Jamais iremos aceitar
Porque onde as lágrimas tocam,
A revolta cresce
Basta amar,
Basta sentir...
É um instante, em que tudo faz sentido
 
A injustiça, encaramos
E feridos, juramos
Não haverá rendição
Haverá definição
E seremos nós, ovelhas negras
Aqueles que reivindicarão justiça
Porque um mundo apático,
Não consola
Apenas reforça
Que sons distintos
São os únicos capazes de criar seu próprio sentido

O LABIRINTO DOS SINOS - Livro de PoesiasOnde histórias criam vida. Descubra agora