Deus está morto
Eu o matei
E matei, também, o Diabo
Você está morta, eu a matei
E matei também, teus irmãos
Eu estou morto,
Eu matei tambémO que eu devo dizer...
Foi divertido, durou muito tempo
Eu amei, eu sorri
Adiei bastante...
O meu suicídio
Mas à cada trago,
Mais consciente me tornava
E mais insano,
Mais doente
Mais desgraçaO que eu posso dizer?
Eu gostei
De sentir o teu sangue
Eu gostei,
De me perder
E esse coração amargo,
Mas belo
Não me deixa duvidar
Eu sou vinho demais
Para o mundo
Uma gota, o paraíso
Um único gole, e caíra em ruínasVeja em meus olhos
Este vazio tão esplêndido
Esse descomprimisso
Esse descaso
Eu sou livre,
Como ninguém jamais ousou serEu escrevo agora,
Nas paredes do castelo
Só e sempre só
Este é, o meu pequeno recanto
É o frio, que só eu sinto
Sussurrando memórias
Que eu mancharai de vermelhoEu tentei,
Eu lutei
E essa é a minha maior infelicidade
Eu deveria, ter sido desde sempre
Este demônio sorridente
Que com nada se importa
Que nada ama
Tão somente, a arte
O mundo chora e esperneia,
Porque eu estou a parte
Não se importar
É matar
Tudo o que todos amam
Tudo o que todos sãoHahhahahahhahhaha
Como amo, essa minha risada
Superior... simplesmente, fervor
Bem-vindo ao meu castelo
O meu orgulho, o meu cemitério
Onde morto, vivo
Pleno e... majestoso
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O LABIRINTO DOS SINOS - Livro de Poesias
PoesíaO mundo, os homens... existe uma profunda distinção entre os dois. Duas naturezas complementares, e ainda sim, opostas. Duas forças que colidem dia após dia, travando uma dura e longa batalha. De um lado, o implacável, golpeando e gargalhando, tiran...