Sob o infinito
Carrego essa cruz
A única coisa em que acredito
Dor, quanto maior o peso
Maior a força
Eu não trocaria minha doença
Pelo seu alívio
A tragédia desperta a minha unção
Convalente, em meu próprio destino
A ambição, do sonho sonhado em vão
Renegando, do âmago ao supérfluo
O que se perdeu,
Será reconquistado
O que me roubaram
Será reparado
O céu, resplandece um significado
O limite persistirá enquanto ninguém ousar tocá-lo
Mas, uma lua vermelha
Era impossível
Até alguém encontrá-la
Ossos, partidos
Exalando o fogo
Que reconecta, ao corpo
Esse templo de injúrias
Sofridas e aferidas
Sob o véu do tempo
Aquele que se fere
Também fere
A si, ou o acaso
Da grande sorte, a vida
Que em tantos percausos
Mais parece azar
E no entanto, sofrido ou aguerrido
Faremos o que for preciso
Para sobreviver, a tudo isso
Pois, a vela ainda queima,
E ainda há muito o que queimar
Deste modo, encolhido ou valente
Neste escuro infinito,
Refaço minhas estruturas
Afim de preservar o calor
Do qual emanam meus passos
E daí, tudo mais...
Enfim... faz sentido
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O LABIRINTO DOS SINOS - Livro de Poesias
PoesíaO mundo, os homens... existe uma profunda distinção entre os dois. Duas naturezas complementares, e ainda sim, opostas. Duas forças que colidem dia após dia, travando uma dura e longa batalha. De um lado, o implacável, golpeando e gargalhando, tiran...