Me embriaga,
A noite desolada
Aflitos, os olhos escurecem
Não, não há ninguém para ouvir esta prece
Definhando, eu respiro a morte
O peso, mergulha o meu ser
Não espero nada, tão somente o fim
Deste martírio incessante
Do qual sempre fui refémEu sei,
Que o tempo irá passar
E tragará,
O nada, será a única coisa viva
Neste eterno labirinto
De becos sem saídaE eu, continuarei
Meu caminho,
Em desgraça
Em dor
É isto, o que restou
Pois, o sonho, fizeram em pedaços
Meus agoras, agora
Sempre ingratos
Este é o conto,
De um sonhador
Que jamais suportou a dorE no entanto, doente e débil
Ainda existe...
Este riso, este sorriso
Imerso em angústia,
Mas, alucinado
Exaltado em fumaça
O calor do inferno escaldante
Rompendo as barreiras da realidade
E inebriando a razão
Para que o homem feito fera, enfim... atenda
A chama em seu coraçãoIdeias, verdades... tudo corrompe,
O despertar, a dignidade
Que corre nas veias,
Há tanto tempo
E que aponta, convicta...
Aquela mesma direção,
Que o mundo tenta ocultar,
Desvirtuar...Mas, é valente, o elo
E, perdido, sem sentido
Guerreará, em fúria e resignação
A fúria de uma convicçãoA espada que fere
A última, a verdadeira, prece
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O LABIRINTO DOS SINOS - Livro de Poesias
PoetryO mundo, os homens... existe uma profunda distinção entre os dois. Duas naturezas complementares, e ainda sim, opostas. Duas forças que colidem dia após dia, travando uma dura e longa batalha. De um lado, o implacável, golpeando e gargalhando, tiran...