O Digno Maldito

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Outra vez,
Caído, de joelhos
O semblante, amargo
Que observa a própria tragédia
Sou a lenda do meu nome
Caia, centenas de vezes
Milhares de cicatrizes
Espalhadas, pela alma guerreira
Mas, eu jamais conhecerei
A rendição
São inúmeros motivos
Para embriagarme de morte
Mas todos, sem exceção
Apontam para uma mesma direção
Eu jamais... conhecerei a rendição
Grite bem alto,
Que eu não posso superá-lo
Repita para si mesmo
Que você está seguro
O mundo, devora
Aqueles tolos o suficiente para acreditar
Mas uma antiga canção,
Ergue nossos corpos do chão
Floresço, flores e traças
Dançando uma caótica unção
No olho do furacão
A vida fica divertida
O cansaço me abaterá
Mas eu irei voltar
Insisto, eternamente
Quebrando as correntes
Ardendo, em rebeldia
Sua coroa,
Não significa nada
Eu não vejo as coisas
Sob suas medidas
Não acredito mais em milagres
Eu acredito, no agora
Uma onda de fogo
Que dispõe o meu ser
Em raiva
Convicto, engulo a semente
O escaldante pilar
Destes músculos exauridos
Que persistem
Sob a maldição
Do que jamais será esquecido
O trauma, sangrou...
Para dar vida a guerra

O LABIRINTO DOS SINOS - Livro de PoesiasOnde histórias criam vida. Descubra agora