Dias escorrem feito rios escaldantes
Queimando vidas como se esmagasse insetos
Encaramos a noite escura outra vez
O brilho da lua não é mais o mesmo
Existem manchas de sangue em sua esperança
Erga sua voz... sonhos são,
As nascentes do coração
Você pode viver, você pode entender
Queimar seu próprio fogo,
Em meio ao incêndio,
Superar, desmoronar
O reinado cruel
Que sufoca cada fôlego
Eu estou aqui...
Eu posso insistir
Cegos ou surdos...
Nós, encaramos o mundo
Esse será o nosso túmulo
Ou, pilar... o chamado
A resistência,
Mudando as engrenagens
Meros peões,
Se transformam em cavaleiros
Cruzando aço, pela verdade
Que atravessa o abismo
Um golpe insuperável,
O gole definitivo
Uma morte, uma vida
Carregue seu revólver outra vez
Ao longe, o sinaleiro
Orientando a jornada
"Eis-me aqui, o rei caído"
Sussurrando aos ouvidos de seus filhos
"Revelem meu reino, vinguem minha morte"
Marchamos... contra tudo e todos
Sedimentados, pelo sopro valente
De uma rebeldia, agonizante
E, também, inebriante
Delirante, conferindo aos pulmões
A plena emoção,
Dessa poderosa convicção
Anunciada pelos filhos desse ideal
A lucidez,
Que olha para o núcleo,
Para o espírito
Que permeia a dor,
E transforma em garra
Esta é, a determinação
De uma estrela guia
Que século após século
Continua brilhante
Tomando os seus,
E fazendo deles
Campeões, de virtude
A esperança, o sonho
Convergindo
Definem, a potência
Que vai além de sobrevivência
Uma gloriosa divergência
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O LABIRINTO DOS SINOS - Livro de Poesias
PoetryO mundo, os homens... existe uma profunda distinção entre os dois. Duas naturezas complementares, e ainda sim, opostas. Duas forças que colidem dia após dia, travando uma dura e longa batalha. De um lado, o implacável, golpeando e gargalhando, tiran...