Majestade Deprimente

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Morte lenta que me traga
Por que, não cala
Essa fumaça que insiste em queimar
Uma correnteza em instinto
Que parece sobrepor o conflito
Entre o eu, e tudo o que está lá fora
Além das paredes desta gaiola
Onde o prisioneiro comemora
Cada ilusão, cada decepção
Que acusam o delírio, de que este, ainda está vivo
Uma droga para a libido,
Sentindo a sujeira, o suor ingrato
Como uma tentação
Vinho escaldante,
Em porções delirantes
O prazer do pecado,
Costurado, entre as linhas do acaso
Não se permite nada,
Tudo tomamos
E o que era verdade,
Escondemos
Inclinando, a cabeça para frente
Observando, os pés descalços
Que tateiam o piso queimado
Onde a fúria, despertou
E então, inflamou
O incêndio diligente
Cuidadosamente semeado
Em inúmeras perspectivas
Adquiridas pela vida
Deste infrutífero e sorridente,
Herói deprimente
Que aos céus, dedicou
A perversão do pudor
Afim de louvar, em vida e morte
O momento exato,
Em que embriagado, norteia
As cinzas da redenção
Queimando agora, em superação
Isto que nos foi dado
O que é e o que será
Se difere apenas... no realizar

O LABIRINTO DOS SINOS - Livro de PoesiasOnde histórias criam vida. Descubra agora