O Eclipse do Mundo

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Respire, oh maldição
Meus ossos e carne,
Queimam teu cheiro
Tua essência maldita
Transborda minha vida
Preso em significados ocultos,
Que jamais serão revelados
Me arrasto até a ponte
Entre o mundo e o submundo
Tão presentes,
Nesta mente doente

O ódio, rugirá tempestades
Chovendo punhos de aço e fogo
Sob este oceano
De desgraças e pesadelos

Eu, removo a máscara
Do homem
Nasce a fera
E a fera, traz vingança

Ei de colidir, contra majestades e salvadores
Ei de usurpar, o trono do mundo
Afinal, quem sou
Senão o moribundo,
Um coração quebrado
Cansado...

Ouça a canção,
Ouça a imensidão
Desde elo, forjado
Pelo desprezo
Amaldiçoados,
Eu digo
O que nos resta
É amaldiçoar
Trazer para cá,
O sangue
E o suor bruto
Que nossos olhos selvagens
Exigem

Não haverá misericórdia
Fui jogado para todos os lados
Destratado, mutilado
Somente em mim,
Havia sentido
E é por isso,
Que ainda estou vivo

Mundo, pesadelo nunca entendido
Mas eternamente sentido
Que se estende além dos limites conhecidos
Eu juro, pelos meus
Pelos que carregam a cruz
Este demônio,
Este aqui
Sangrará o teu seio
Não somente, pela tua destruição,
Mas, também, pela absoluta redenção
Da fome, à fartura
Da seca, ao pleno
Ergo-me aqui,
Em silêncio...
Este é, o renascimento

O LABIRINTO DOS SINOS - Livro de PoesiasOnde histórias criam vida. Descubra agora