Ainda que meu juízo pese
E que meu corpo desfaleça
Ainda que minha alma chore
E meu espírito quebre
Ainda...
Ainda o quê?
Já não há mais,
Vento que sopre
Já não há mais
Amor que transforme
Tudo se tornou,
Somente e tão só,
Peso, grilhão
Que me afunda, abismo adentro
Esta angústia
Esta dor...
Esta vida, que os vivos sentem
Já não vale mais
Os risos de outraora
Oh, meu eu
Tão mesquinho e infantil
Nos entorpecermos em sonhos
A realidade, se tornou
O pior pesadelo
Maldito seja, o sentir
Maldito seja, o desejo
E essas lágrimas vãs
Que não mudam nada
O que elas têm, que ainda choram?
Leve-me, oh tempo
Ao teu destino e propósito
Porque os meus,
Já não fazem sentido
Não sou capaz de suportar
Já não pretendo lutar
Eu irei me entregar
E o frio, me abrigará
Dessa chama linda, tola e louca
Que arde em meu ser
Sempre fomos tão...
Inconsequentes...
Viver, teria sido ideal
Mas, morrer... sempre foi natural
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O LABIRINTO DOS SINOS - Livro de Poesias
PoetryO mundo, os homens... existe uma profunda distinção entre os dois. Duas naturezas complementares, e ainda sim, opostas. Duas forças que colidem dia após dia, travando uma dura e longa batalha. De um lado, o implacável, golpeando e gargalhando, tiran...