Flor Escarlate

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Esses olhos...
São os olhos que guardam todas as promessas esquecidas
E aquelas, que foram escondidas
Esses olhos, são os olhos
Daquele que carrega, o paraíso e o inferno
Como cruz e espada
Como pode, tamanha vontade
Parcialmente controlada?
Muitos viram-no cair...
Mas ninguém nunca ousou questionar
Sua alma...
É que, este garoto...
Está vivo
A chave, enterrada
Em seu ser
O fogo, queimando lentamente
E perpétuo...
Oferecendo defesa e ataque
A cada um dos seus movimentos

Então, sopra a brisa...
E ele ergue o olhar
O universo jamais presenciou
Tamanha convicção
É um olhar penetrante, significante
Não é possível, ser o mesmo
Depois de conferí-lo
Seu rosto vazio,
Por vezes alegre
Não diz mais
Do que essa fúria contida
No brilho... de seus orbes

Quem és tu?
Perguntam os demônios e os anjos
Que julgavam conhecê-lo
O que és tu?
Questionam, os deuses

Por que, as batidas do teu coração
Parecem tambores?
Por que, tua voz
Parece um hino?
Por que seus movimentos pesados e atrapalhados
Parecem tão gloriosos?
Por que, criatura...
Por que, humano?

Por que você é mais
Do que todos os escolhidos?
Por que você é mais,
Do que os entendidos?
Mais do que os iluminados
Mais do que os reis...
Quem é você?

Então, seu rosto vazio
Desanimado e cansado
Exibe um sorriso...
"Eu sou... conclusão.
Nascida... aberração"

O LABIRINTO DOS SINOS - Livro de PoesiasOnde histórias criam vida. Descubra agora