Beija-me, oh, doce morte
Meu coração incendeia em batidas descompassadas
Meia volta, um giro no mesmo lugar...
É a chuva, quem desperta
Cada centímetro, deste ode
Que me tornei
Embriagado, em escuridãoCorrentes malditas,
Me acorrentam à esta sina
Que impõe,
Medo e desejo
Eis aqui, a vidaE no entanto, ergo-me
Dia após dia
Para estancar cada ferida
E cerrar punhos e dentes,
Em minha ambiçãoO caráter magro, não me faz oblíquo
Entre nuvens e ferro, crio propósitos e paraísos
Não me alinho
Forço destinos
Isto... é o que há,
Naquele que anseia se encontrarEnxergo o mundo, com grande descaso
Tédio e fome, é o que me suscita
Mas, em teus braços
Oh, entropia
Me faço novo e fogo
Lançando labaredas vulcânicas
Contra muros de vidroO rancor, alimentando
O desprezo, a ruptura
Dirigida a homens e deuses
Que tirânicos, embalçam vidas
Como ferramentas descartáveisNão, não...
O inverno, já chegou
O frio e a intrepidez
Fervem o meu espírito
E como sombra fortuita
Me ergo, de onde sonhos se tornaram cinzas
Ardendo, a mais pura rebeldia
Desatando grilhões
Forjando, erupçõesDoce morte...
A beleza dos teus lábios
Me imprime sua dança
O que foi, o que é e o que será...
De mim, nada jamais escapará
Eu derrubo...
Florescendo a beleza do meu jardim,
O cemitério das rosas fantasmas
Sonhos... ideais...
Quebrados, e remendados
Que entoam uma mesma canção...
Redenção,
A luz que emana da escuridão
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O LABIRINTO DOS SINOS - Livro de Poesias
PoésieO mundo, os homens... existe uma profunda distinção entre os dois. Duas naturezas complementares, e ainda sim, opostas. Duas forças que colidem dia após dia, travando uma dura e longa batalha. De um lado, o implacável, golpeando e gargalhando, tiran...