Majestosa

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Às vezes, me perco
Entre as paredes deste quarto
O inferno, o paraíso
Aquilo que é vivo
Toco a luz que atravessa a janela
Uma brisa quente que preenche o peito
Escaldante, queimando além do desespero
Silencioso, que adormece o fôlego
Ainda que perdido, acharei
Porque tudo é sentido
Tudo é significado
Entre sortes e acasos,
Ergo a máscara de um palhaço
E no entanto, sob a face
Se sustenta,
A profundidade ideal
De uma dose nodal
Embriaga, desperta
Mãos firmes, segurando forte
A exata resposta,
Que abre o caminho
Suspiro, e trago
As cores deste mundo
Deslizando, pelo ser
E configurando minha própria fuligem
A partir da explosão
Do vulcão em meu coração
Eu sou a fera, eu sou a besta
Afio a lâmina da esperança
Entre dores e delírios
Tudo, que reafirma o propósito
De atingir, tão alto
Tão penetrante
Que descrença, pareça bobagem
Quão surreal, é a majestade
Que faz do covarde
A coragem
Ouço os juízos do agora
Determinação, poesia
Essa é a melodia

O LABIRINTO DOS SINOS - Livro de PoesiasOnde histórias criam vida. Descubra agora