Baile das Sombras

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O tempo, findará
E, sob meus escombros,
Finalmente, me silenciarei
Tenho procurado, uma expressão
Algo... afinal, todos temos o que dizer
Então por que, minhas palavras
Parecem vãs?
Ninguém está ouvindo
Esse coro de desespero
Que o cheiro da morte
Perfuma em meu ser
Eu quebrei todas as promessas
Para obter liberdade
Mas no fim,
Eu nunca tive nada
O mesmo que se ergue, confiante
Cambaleia de volta para o chão
Quando a verdade,
Se transforma em gravidade
"Eu não posso..."
"Eu não posso mais..."
Palavras que repito, todos os dias
Enquanto a chuva eterna,
Brinda o meu corpo
É tão bela...
Minha doce tragédia
Afortunado, em miséria
Eu sou o espetáculo,
O baile das sombras
Onde as flores,
Se afogam...
Nos sonhos que
Submergem o jardim
Os delírios que cultivei
Os quais já não sou capaz de suportar
Porque, tudo o que me resta
É afogar
Enquanto encaro a luz do sol na superfície
Um tesouro,
Que eu jamais alcançarei
Isto é, a queda
E, quanto mais afundo...
Mais intenso, o sinto
E de alguma forma...
Parece tão ideal
Eu quebro,
E entre minhas fraturas
Queima, o ar quente
Desse desejo ardente
"Erga-se"

O LABIRINTO DOS SINOS - Livro de PoesiasOnde histórias criam vida. Descubra agora