Chuva de Fogo

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Fluindo como um rio escaldante
Nossos infernos se tornaram um desafio constante
Mas... eu nunca estive disposto a me entregar

Eles me chamam de louco,
Eles dizem que estou perdido
Bem, não é como se eu me importasse com isso
Aqui dentro é frio, um coração preso em correntes
O selo da prudência, amenizando o calor
Mas, cada batida, exala fumaça
Não toque, ou queimará

Aqui estou eu,
Frente a frente,
Na linha de frente
Eu não faço preces,
Eu não uso balas
Este punho maldito,
O incêndio em meu peito
Queimando meu ser,
Florescendo lâminas
É tudo o que tenho
Sangrando... o mundo

Eles podem me atingir
Eles podem me ferir
Mas ninguém jamais poderá... me parar

Talento ou esforço,
Derrubo teu tesouro
Não há nada que possa escapar
Destes punhos embebidos
Em selva e ódio
Eu não tenho rivais
Todos são, minhas vítimas

Estão sempre perguntando
Quem eu sou...

Eu estive oculto,
Por muito tempo
Viveram suas vidas
Mas, a sombra
Sempre permaneceu
Bailando misteriosamente
A espera, de uma fisionomia
A espera, deste sopro
Sinistro e desconcertante
Que gela a espinha,
E no mesmo passo, empolga
Euforia...
Eu lhes apresento:
O maldito
A melodia

Finalmente,
Chovem as espadas
Demarcando, meu domínio superior
Cada qual, um verso
Os mais belos...
Do universo

Afinal...
Com significado, e voz sobrenatural
É fácil entender... que não existe nada igual

O LABIRINTO DOS SINOS - Livro de PoesiasOnde histórias criam vida. Descubra agora