Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
𝗘𝗦𝗧𝗢𝗨 𝗢𝗥𝗚𝗔𝗡𝗜𝗭𝗔𝗡𝗗𝗢 meus livros para a escola, no quarto resta apenas eu e Lúcia, já que as outras garotas já desceram pra tomar café.
— Soledad, você pode me dar uma ajudinha aqui?— A mesma pergunta e eu imediatamente fecho minha mochila.
— Tá, com o que?— Pergunto me virando para olhá-la.
— Com isso— Ela diz mostrando o cabelo preso na escova.
— Como você fez isso?— Pergunto rindo.
— Eu não sei, mas você pode me ajudar?— Pergunta meio irritada tentando puxar o cabelo, mas sem sucesso.
— Tá, desculpa...— Digo e tento desvencilhar o cabelo dela da escova.
— É Lu...eu não tô conseguindo, vou ter que puxar mesmo— Falo.
— Tá, mas com cuidado...eu não quero ficar careca— Ela ri de nervoso.
— Fica tranquila, eu vou contar até 3, ok?— Espero uma confirmação.
— Ok— Ela suspira com um aceno de cabeça.
— 1...2...3— Puxo com uma força razoável, para tentar não machucar-la.
— AI— Ela exclama esfregando o couro cabeludo.
Eu olho para a escova em minhas mãos e a pego, tinham alguns fios do cabelo de Lúcia.
— Obrigada, mesmo depois de você ter quase arrancado o meu cabelo— Ela diz.
— De nada— Respondo sorrindo.
— Mas não é pra tento, foram só alguns fios, olha— Mostro a escova pra ela.
— É, mas eu senti como se fosse o cabelo inteiro— Lúcia diz e eu rio deixando o objeto em uma cômoda.
— Tá, agora vamos, porque se não vamos nos atrasar— A garota assente e prende o cabelo em um rabo de cavalo.
Saímos do quarto e descemos para ir à cozinha.
— Finalmente, pensei que tinham morrido lá dentro— Roña diz e Lúcia senta ao lado dele, o mesmo dá um beijo na bochecha dela.
— Nem pra ter acontecido isso mesmo— Martina resmunga.
— Ah, cala a boca— Jimena retruca e Martina revira os olhos.
— Bem, Lucía teve um pequeno probleminha com o cabelo, mas...tudo resolvido— Sento ao lado da garota.
★★★
Saímos do orfanato e os garotos vão mais à frente do que eu.
Prontamente sinto alguém ao meu lado, é o loirinho.
— Bom dia Soraya meu amor— Barracuda diz colocando um braço ao redor do meu ombro, na intenção de me irritar.
— É Soledad— Digo retirando o braço dele.
— Já que estou aqui, vamos entrar juntos— Coloca o braço novamente.
— Não, com você eu não penso em ir mosquito morto— Digo apressando os passos, escuto uma risada do garoto antes de me afastar completamente.
Caminho mais um pouco e chego na escola, vou direto pra minha classe.
★★★
Nós já estamos liberados para ir ao recreio, porém a professora vai falar as duplas para um trabalho.
— Sebastían e Ana...Juan e María, e por fim, Soledad e Martín— A mais velha termina.
Eu reviro os olhos pelo o que acabo de escutar, e olho para o loiro que está do outro lado da sala com uma expressão de descontentamento.
Eu levanto da minha carteira e vou até a mesa da professora.
— Prof...não tem como trocar de dupla?— Pergunto esperançosa.
— Não Soledad, você vai ter que fazer o trabalho com quem eu escolhi pra você fazer— Ela responde ajeitando os óculos.
Suspiro e me sento novamente em minha respectiva carteira, vejo Barracuda vindo em minha direção.
— Então, somos uma dupla... infelizmente— Ele acrescenta e eu reviro os olhos.
— O trabalho vai ser do meu jeito— O mesmo fala, e eu não posso deixar de rir pelo absurdo que acabo de ouvir.
— Do seu jeito? Nem nos seus sonhos— Digo e ele resmunga algo.
— Tá bom, depois discutimos isso, vamos fazer o trabalho na minha casa— Ele decide.
— Você nem perguntou minha opinião— Respondo.
— Sua opinião? Ah, pra mim é inválida, por isso...vai ser na minha casa e ponto— Eu o olho com uma expressão irritada, mas resolvo deixar para não me estressar mais.
Ele dá um sorriso vitorioso antes de sair da sala, e eu vou logo atrás.
