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— Alguém sabe me informar sobre o paradeiro de Martín Acosta? Outras professoras me falaram que ele faltou ontem e ante-ontem, e pelo visto hoje também— A professora de Biologia profere e olha pra turma enquanto dá uma ajeitada exagerada no jaleco

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Alguém sabe me informar sobre o paradeiro de Martín Acosta? Outras professoras me falaram que ele faltou ontem e ante-ontem, e pelo visto hoje também— A professora de Biologia profere e olha pra turma enquanto dá uma ajeitada exagerada no jaleco.

— Bem...ele tá doente, como eu sou vizinha dele, eu fui visitá-lo e ele realmente tava muito mal, mas possivelmente pró, ele pode estar melhor amanhã— Pronuncio.

— Ah... então tudo bem, mas poderia ter sido apresentado um atestado médico— A mais velha anota algo em sua caderneta.

— Mas obrigada Soledad— Completa e eu apenas dou um aceno.

Os ruidos voltam logo em seguida, várias vozes falando ao mesmo tempo e aquela agitação.

O sinal pro recreio bate e em menos de 10 segundos a sala já está vazia.

— Esses garotos sem educação— A professora resmunga.

Guardo meu material na mochila e vou pro refeitório, procuro por Lucía e a encontro na fila pra pegar o almoço.

Me sento em uma mesa vazia pra poder espera-la, até que vejo Matías vindo em minha direção.

— Você sabe se o Barra tá bem?— O garoto pergunta quando para ao meu lado.

— Vocês não eram melhores amigos?— Questiono.

— Somos— Responde.

— E então? Por que você não procurou saber?— Retruco.

— Ah, é que eu tava ocupado com alguns problemas, e realmente não pude ir na casa dele— Explica.

— Entendo; ele tá doente, bem, à essa altura eu já não sei, fui na casa dele ontem, talvez ele já esteja um pouco melhor, um pouco— Digo.

— Entendi, eu vou lá mais tarde— Comenta.

— E...por que veio perguntar logo pra mim sobre ele?— Franzo o cenho.

— Pra mim vocês parecem ter algo— Sorri.

— Tem razão, parece, só parece, porque não temos nada— Falo.

— Eu ainda acho que rola uma química legal entre vocês dois— Coloca a mão nos bolsos.

— Qual o problema de vocês? Era a Jimena, depois a Lucía, agora você?— Mostro indignação.

— Agora que você falou da Jimena, então...já faz um tempo que ela tem me evitado, eu queria entender o porquê, você sabe de algo?— Pergunta em um tom de pura curiosidade.

— Então, não, eu não sei de nada— Respondo.

— Obrigado do mesmo jeito, nos falamos— Ele fala e eu apenas aceno, logo ele vai pra outra parte do refeitório.

Depois de alguns segundos Lucía senta ao meu lado e coloca a bandeja na mesa.

— Finalmente— Ela suspira e olha pra mim.

— Então, o que vocês tavam conversando?— Pergunta.

— Você tava nos observando?— Questiono.

— Óbvio— Retruca.

— Tá, tanto faz, ele só veio me perguntar se Barracuda está bem e ele acabou me perguntando da Jimena também— Respondo.

— Coitado, o Matías sempre gostou da Jimena— A mais nova diz.

— O Matías é um garoto legal, diferente do mosquito morto, ela devia dar uma chance— Falo.

— Mas também, foi por causa dele que ela ficou brava comigo, quer dizer, eu falei uma coisa sem pensar direito, mas o Matías é a raiz do problema— Lembro.

— Ela não ficou brava só por causa disso, ela também tava com ciúmes, eu conheço a Jimena, e olha, o ciúmes às vezes deixa a pessoa irracional, impede de pensar nas coisas com clareza— Lucía rebate.

— É— Concordo e Lucía dá uma garfada em seu purê de batata.

— Vem cá, por que você não fica na sala mesmo? Tipo, você nunca come a comida da escola— A garota comenta.

— Só tô aqui pra conversar com você, na sala eu me sentiria entediada— Respondo.

— Ahhh, como eu te amo— Me abraça e eu sorrio.

— Eu também te amo Lu— A abraço também.

Continuamos conversando, enquanto o tempo passa.








01- Só não postei ontem, porque fui pra um aniversário e cheguei tarde.

02- Vote e comente:)

𝐼𝑁𝑆𝑈𝐹𝑅𝐼𝐵𝐿𝐸 𝐴𝑀𝑂𝑅||𝗕𝗮𝗿𝗿𝗮𝗰𝘂𝗱𝗮Onde histórias criam vida. Descubra agora