𝐼𝑁𝑆𝑈𝐹𝑅𝐼𝐵𝐿𝐸 𝐴𝑀𝑂𝑅||𝗕𝗮𝗿𝗿𝗮𝗰𝘂𝗱𝗮

³¹

FI𝗖𝗢 imóvel apenas pensando no que fazer, na verdade, eu já sei exatamente o que fazer, só não estou segura.

Jimena e Lucía me olham como se estivessem me julgando.

- É...como tá a Mica?- Pergunto.

- Não sei, mas a Barbarita tá com ela- Jimena responde.

- Sim, mas não tenta mudar de assunto Soledad- Lucía me lança um olhar frustrado.

- O que vocês querem que eu faça?- Suspiro.

- Que você levante daí e faça algo, verbo, ação, pelo amor de deus, isso me deprime- Lucía retruca e eu apenas continuo no mesmo lugar.

- Que que cê tá fazendo ainda aí? Levanta- Jimena profere, e eu sinto que falta pouco pra ela me dar uns tapas, melhor evitar isso.

- Epa, Jime, não era você que não queria que eu me relacionasse com aquele "deselegante"?- Dou ênfase.

- Isso era antes, vamos focar no agora- Ela fala e eu por fim me levanto.

- Me desejem sorte- Digo e saio do quarto.

Desço as escadas e encontro Belén na sala conversando ao telefone.

Paro em sua frente, e ela me olha.

- Só um momento- Ela fala no telefone e o tapa levemente com a mão.

- Precisa de algo?- Ela pergunta em voz baixa.

- Na realidade, não, eu só quero avisar que vou sair rapidinho- Digo.

- Mas já são 18h- Ela fala.

- Eu sei, mas é rápido, eu só vou na casa do Barracuda, preciso falar com ele- Insisto.

- Como ele é da vizinhança, eu deixo- Ela diz e eu sorrio levemente.

- Obrigada Belén- A beijo na bochecha, vou até a porta e saio.

Paro em frente ao número 17 e toco a campainha.

Passam vários segundos e eu começo a pensar que ninguém vai me atender, porém por um milagre, a porta se abre.

- Soledad? O que faz uma horas dessas aqui?- A mãe de Barracuda pergunta com uma expressão confusa.

- Desculpa incomodar, mas eu realmente preciso falar com o Martín- Digo.

- Oh, tudo bem, pode passar- Ela abre caminho e eu entro.

A primeira coisa que noto são um monte de caixas empilhadas, a sala está quase que vazia, a ausência de algumas coisas são notáveis, eu começo a me desesperar.