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𝗩𝗢𝗨 atrás de Lucía e a encontro na sala sentada no sofá, com uma expressão monótona.
— Lu, o que foi?— Me aproximo.
— Nada— Diz.
— Quer saber? Vou falar agora com a Belén sobre aquela serpente, de nenhuma maneira que a Martina pode me agarrar pelos cabelos e eu não fazer nada a respeito— Se levanta.
— Mas você também provocou— Rebato.
— Já tava na hora de alguém colocar ela no seu devido lugar— Retruca.
— Me espera aqui, vou falar com a Belén— Fala, eu apenas assinto, e ela logo sai da sala.
Pego o controle remoto para ligar a TV e no mesmo instante a campainha toca.
Eu me levanto enquanto imploro mentalmente que não seja o mosquito morto.
Abro a porta e dou de cara com uma garota loira.
— Quem é você?— Pergunta enquanto me olha de cima a baixo.
— Quem é você né— Falo.
— Delfina— Diz.
— Soledad— Retruco.
— O Mosca tá?— Pergunta enquanto ergue a cabeça pra olhar dentro do ambiente.
— Não sei, eu raramente vejo ele por aqui, mas deve tá lá em cima— Respondo.
— Vai me deixar entrar ou não?— Pergunta.
Eu abro espaço e ela entra, prontamente fecho a porta.
— Você conhece o Cristián?— Questiono.
— Se não conhecesse não tava perguntando se ele está— Responde com certa grosseria.
— Calma, foi só uma pergunta— Sorrio.
— Uma pergunta bem idiota— Sorri também.
— Mas respondendo sua pergunta, sim, eu conheço o Cristián, sou namorada dele— Fala e eu fico meio surpresa.
— Namorada? Eu nunca te vi por aqui— Digo.
— Eu tava de viagem— Explica.
— Você mora onde?— Pergunto.
— Aqui mesmo, sou da vizinhança— Diz.
— Você é nova aqui no orfanato?— Questiona.
— Obviamente, não tá vendo meu uniforme?— Respondo com a mesma grosseria que ela usou momentos atrás.
— Tá, eu mereço essa— Fala.
— Foi bom te conhecer...Soledad— Sorri.
— Digo o mesmo, Delfina— Retribuo.
— Eu já vou, fala pro Mosca que eu estive aqui— Apenas dou um sinal de ok e ela vai embora.
Penso que talvez ela não seja tão ruim assim, só tem um jeitinho de metida, mas não posso julgar ela assim.
Paro por um momento e decido ir ver como Nádia está, ela tinha ficado chateada comigo por não ter levado ela no parquinho, e crianças não costumam esquecer dessas coisas tão rápido, algumas sim.
Entro no quarto das pequenas, Nádia e Sol estão discutindo.
— Ei, o que tá acontecendo aqui?— Pergunto.
— É a Sol, ela não quer brincar comigo— Reclama.
— Diz pra ela Soledad, que eu já tenho 11 anos, não tenho mais idade pra brincar de boneca— Sol suspira, e eu não posso deixar de rir do comentário da mesma.
— E você tá na idade de fazer o que?— Pergunto com um meio sorriso.
— Não sei, namorar?— Ela fala com certa incerteza; Nádia apenas observa o diálogo com os braços cruzados.
— Sol, você não tem idade pra namorar, com 11 anos eu ainda acreditava que o papai noel existia.— Digo.
— Ah é? E por que a Lucía namora com o Roña? E olha que ela tem 12— Rebate.
— Não sei como te explicar isso, eu também não entendo, mas a Lucía já tem uma certa maturidade pra isso— Falo.
— Mas dizem que a idade pra isso é 16— Responde.
— Eu sei, mas se a pessoa tem maturidade pra isso, então por que não?— Digo.
— Olha, você devia aproveitar sua infância, porque...ah, você já sabe, são aquelas frases que falam sobre aproveitar tudo enquanto se é criança e tals, aposto que a Belén já falou isso pra você— Rio.
— Tá... você tem razão— Suspira.
— AH, finalmente, pensei que essa conversa ia durar uma eternidade!— Exclama Nádia.
— Ai, meu ouvido— Sol reclama.
— Vamos brincar agora?— Nádia pergunta com um sorriso banguela.
— É, fazer o que— Sol revira os olhos.
— É... Nádia, me desculpa de novo por não ter te levado no parquinho naquele dia— Digo à garotinha.
— Tá tudo bem, eu te desculpo— Sorri e me abraça.
— Awww, você é tão compreensiva— Beijo sua bochecha.
— Agora eu vou brincar com a Sol— Fala e puxa a mais velha para fora do quarto.
Saio do cômodo e vou para o dormitório das mais velhas.
Lucía entra logo após de forma agitada.
— O que foi dessa vez?— Questiono, a mais nova me olha irritada.
— Você não sabe o que a Belén me disse; ela falou que eu devia ter paciência com a Martina, porque ela não tem consciência do que faz— Diz e ri um pouco.
— Que? Ela tem 15 anos, como ela não tem consciência do que faz?— Fico indignada.
— Então— Suspira.
— Mas eu nãovoudeixar por issomesmo— Ficapensativa.
— Tápensando em fazer o que?— Perguntoapreensiva e Lucía me olha com um sorrisomalicioso.