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— Quer saber? Eu não quero mais jogar isso, já me estressei. — falei largando o controle ao meu lado na cama.
Martín também largou o controle e me olhou, parecendo tentar conter um sorriso.
— Como você pode estar assim se você literalmente ganhou 6 partidas? — questionou.
— Nós dois sabemos muito bem que você me deixou ganhar todas. — disse frustrada, e ele se desmanchou a rir, o encarei.
— Vamos ver, o que é tão engraçado? — perguntei cruzando os braços na brincadeira.
— Ver você apertando todos os botões do controle me deu pena, então eu tive que te deixar ganhar algumas. — o loiro revelou.
— Tá vendo? Eu tava certa, agora não tem tanto efeito ter "ganhado" 6 partidas se você me deixou ganhar. — disse e fiz uma pausa — Mas foi muito fofo da sua parte fazer isso.
Eu sorri e o puxei para um selinho demorado.
— Agora vamos fazer algo do meu interesse. — falei após nos afastarmos um pouco.
— E o que seria do seu interesse? — ele perguntou e eu o olhei.
— Ouvir um pouco de música, é sempre bom. —falei.
Ele imediatamente se levantou, indo até a estante, pude ver ele pegando algo.
— Espera, isso é um disco de vinil? — perguntei eufórica.
— Pode ter certeza que sim. — respondeu com um sorriso ladino.
— E a vitrola? É antiga? — questionei analisando, enquanto ele ainda procurava algo na estante, com certeza a vitrola.
— Foi do meu avô, ele me deu de aniversário, então pode apostar que é antigo.— falou levando o disco para a cômoda.
— É simplesmente vintage, e nossa, como isso ainda funciona? Depois de anos, ainda tá em perfeito estado.— falei.
— Sinceramente, eu também não sei, o melhor é que ainda dá pra aproveitar bastante. — falou colocando o disco na vitrola.
— Que música é essa? — perguntei e ele se virou em minha direção rapidamente.
— Calma aí, você não conhece o Ben E. King?
— Não? Não faço a mínima ideia de quem seja. — respondi.
— Você nunca assistiu aquele filme lançado em 80 com o Corey Feldman e o River Phoenix? — perguntou sentando ao meu lado.
— Também não? Nem sei quem são esses. — falei.
— Bom, você tá ouvindo agora, isso que importa. — murmurou, voltando o olhar para o chão.
Ele suspirou, parecia triste, e eu raramente o via assim.
— Ei, o que foi? Tá tudo bem? — perguntei tocando levemente no queixo dele, o fazendo olhar para mim novamente.
— É que... — começou, porém parou por alguns segundos.
— Sabe que pode me contar tudo, né? — falei apoiando meu queixo no ombro dele, esse gesto pareceu encorajá-lo, então ele suspirou antes de continuar.
— Me sinto mal pelos meus avós, estando aqui agora, me faz ficar muito distante deles. — revelou.
— Mas você pode ir visitar eles. — falei.
— Não é tão simples assim, minha mãe não tem uma boa relação com eles, então... É complicado, eu até escutei esses dias ela tendo uma discussão com minha vó por telefone, eles ficaram chateados por nós termos vindo pra cá, por meus pais terem me afastado deles. — falou e eu segurei a mão dele levemente.
— Vai ficar tudo bem, você vai ver, vai tudo se resolver. — disse em tom reconfortante, enquanto acariciava as costas da mão dele.
— Eu espero, porque eu realmente amo muito eles, e eles praticamente também me criaram. — disse.
— Entendo perfeitamente, eles devem ser pessoas maravilhosas.
— Eles são. — falou em tom baixo.
Eu me ajeitei na cama, pra ele poder deitar a cabeça na minha barriga.
— Sabe de uma coisa? Também sinto saudades dos garotos do orfanato, apesar de não ter passado tanto tempo lá, eu criei um carinho muito grande por eles e pela Belén, eles não são as únicas pessoas de quem eu sinto falta, também sinto muitas saudades dos meus pais e da minha tia. — falei, ele virou um pouco a cabeça para me olhar.
— Você nunca falou comigo sobre os seus pais...
— Eu não costumo tocar muito nesse assunto. — falei.
— Entendo, e eu sinto muito, não sei o que eu faria se perdesse os meus pais, você é muito forte por ter aguentado tudo isso. — disse.
— Tá tudo bem agora, eu tenho uma mãe de novo, irmãs, uma família, até um cachorro, eu tô muito feliz. — falei rindo um pouco — E eu tenho certeza que as coisas com os seus avós vão se resolver, vai ficar tudo bem.
Enfiei minha mão por entre os cabelos dele, sentindo os fios macios.
Ele se inclinou um pouco em direção ao meu resto, eu sorri carinhosamente e encostei meus lábios nos dele, dando diversos selinhos.
Os lábios dele imediatamente desceram para o meu pescoço, deixando um beijo ali, sorri e voltei a acariciar os cabelos dele.
001— Oiii gente, cês tão como? Espero que bem<333
002— Cara, 2025 tá prometendo viu fml.
003— Gente, se preparem, o capítulo 31 vai ser o último 😭.