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𝗘𝗦𝗧𝗢𝗨 há praticamente uns 5 minutos pensando de onde vou tirar roupa pra ir

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𝗘𝗦𝗧𝗢𝗨 há praticamente uns 5 minutos pensando de onde vou tirar roupa pra ir.

— Onde está minha pulseira?...— Bárbara balbucia para si mesma enquanto entra no quarto.

— Barbie, eu pensei que você tinha ido junto com as meninas— Falo e ela me olha.

— Não, eu tava conversando com o Patrício— Responde e sorri levemente.

— Soled-— Delfina adentra e interrompe sua fala assim que vê Bárbara.

— Ah, pensei que estivesse sozinha— A garota fala e troca um olhar sério com Barbarita.

Eu observo o clima pesado entre as duas, a tensão é quase que palpável.

— Eu já vou Sole, infelizmente não posso estar no mesmo lugar que certas pessoas— Bárbara diz e sai do quarto.

— O que foi aquilo?— Me viro para Delfina.

— Nós duas discutimos faz um tempo...tipo, éramos melhores amigas...— Profere.

— Por que discutiram?— Questiono.

— Isso não importa agora, o que passou, passou— Cruza os braços.

— Tá bem... então, você queria falar comigo?— A olho.

— Só vim perguntar se você ia pro 24 horas— Responde.

— Ah, eu acho que não, já que eu não tenho roupa pra ir, tô precisando fazer umas comprinhas— Digo.

— Se quiser eu posso te emprestar algumas roupas— Oferece.

— Sério? Muito obrigada— Sorrio.

— Vem, vamos lá na minha casa, você se troca lá mesmo— Me puxa pela mão.

Saímos do orfanato e entramos em uma casa grande.

— Minha mãe saiu há pouco tempo— Ela fala enquanto fecha a porta atrás de nós e eu observo a sala.

É igualmente tudo muito bonito, o sofá é grande e espaçoso, as poltronas são chiques e aparentemente muito caras, e o maior destaque é um lustre magnífico no meio.

— Você não me disse que era rica— Digo.

— Achei que isso não tinha tanta importância— Ela responde.

Instantaneamente tomo um susto ao ver um garoto descendo as escadas correndo.

— Ei, para de correr, depois se arrebenta e fica chorando— Delfina o adverte e o garoto a olha como se não se importasse.

— Você também não me disse que tinha um irmão mais novo ou vai me dizer que achou que isso também não era importante?— Sorrio.

— Esse é o Marcos, mas chamam ele de Marquitos— Ela o apresenta.

— Quantos anos?— Pergunto.

— 6— Responde.

— Quem é essa menina? Você sabe que não nenhuma amiga sua pode vir pra cá, se lembra? Tá de castigo— Marcos comenta enquanto sorri.

— Você nem pense em abrir a boca— Delfina o ameaça.

— 20 pesinhos pelo meu silêncio— O mais novo estende a mão e eu rio.

— Bem inteligente o seu irmão hein— Comento.

— É, muito— Delfina revira os olhos.

— 2, não sei pra quê você quer 20— Delfina o olha.

— Não, 20, se não me der, conto pra mamãe, infelizmente você vai ter que ficar mais uma semana de castigo, ah, e além disso, falo também que você saiu, sendo que era pra ficar aqui dentro, aí são mais duas semanas de castigo— Ele sorri.

— Ugh, vigarista, lá no meu quarto, dentro da primeira gaveta tem uma bolsinha— Delfina fala e o garoto sobe correndo.

— Na idade dele eu comia ração de gato— Falo e Delfina franze o cenho.

— Mas, por que você tá de castigo?— Questiono.

— Isso não importa, o tempo tá passando— Ela me puxa para o andar de cima.

Entramos no quarto dela e Marcos está contemplando os 20 pesos.

— Boca fechada hein? Se não eu faço isso sumir rapidinho— Delfina fala.

— Minha boca é um túmulo— Ele sorri.

— Tá, agora fora— A garota aponta para a porta e ele sai.

Analiso o quarto dela e é tudo muito simples, mas elegante.

Ela abre o guarda-roupa e começa a procurar algo.

— Hum... você gostaria de usar um vestido?— Pergunta enquanto revira as roupas.

— Não, quero usar calça mesmo— Digo.

Ela continua em busca de algo, até que pega algumas peças, ela me mostra um cropped preto com mangas curtas e uma calça jeans baggy.

— Vai ser esse— Sorrio.

— Perfeito, olha, não precisa devolver, pode ficar— Ela fala.

— Tem certeza?— Questiono.

— Sim, eu tenho muita roupa, daqui a pouco não tem nem mais espaço pra guardar nada— Ri.

— Obrigada— A abraço.

— De nada, você deveria usar o meu coturno também e um colar choker que eu tenho, mas o coturno é pra devolver, porque eu amo ele— Avisa.

— É justo— Digo.

— Você não vai na festa né?— Pergunto.

Não tem como, quer dizer, minha mãe vai voltar muito tarde, mas mesmo assim, com o pirralho do meu irmão aqui não dá, é capaz de ele me cobrar até 50 pela droga do silêncio dele se eu sair, e eu não tô afim de ter mais problemas com minha mãe, mas deixa pra lá, só avisa pro Mosca que eu não vou— Fala e eu apenas dou um aceno desapontado.

— Agora eu vou deixar você se trocar— Ela sorri mínino e sai do quarto.








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𝐼𝑁𝑆𝑈𝐹𝑅𝐼𝐵𝐿𝐸 𝐴𝑀𝑂𝑅||𝗕𝗮𝗿𝗿𝗮𝗰𝘂𝗱𝗮Onde histórias criam vida. Descubra agora