𝚃𝓦𝞔𐐛𝚅𝞔

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𝗘𝗡𝗧𝗥𝗢 ligeiramente no quarto e encontro Micaela jogando a mochila no chão

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𝗘𝗡𝗧𝗥𝗢 ligeiramente no quarto e encontro Micaela jogando a mochila no chão.

— Micaela, podemos conversar? Poxa, eu tentei falar com você na saída do colégio, mas você saiu às pressas, como se estivesse me evitando— Digo preocupada.

— Acho que não é um bom momento pra conversar— Ela responde sem sequer me olhar.

— Por que? Aconteceu alguma coisa?— Questiono indo até ela.

— Não, não aconteceu nada

— E então? Qual o problema?— Pergunto confusa.

— Você, você é o problema— Responde finalmente fazendo contato visual.

— Eu? Mas...olha, se foi pelo que eu disse mais cedo, eu sinto muito, de verdade, não foi minha intenção— Tento me desculpar.

— Pode não ter sido sua intenção, mas...sabe o que eu penso? O que eu verdadeiramente acho? Você é inconsequente, Soledad, você nunca mede as palavras ou pensa antes de agir— Ela sorri um pouco, porém seu ar de decepção é notável.

Abro a boca para falar, mas ela me interrompe abruptamente.

— Eu não terminei— Ela suspira pesadamente— Sempre ouço você falar e falar, sobre seus problemas, sobre tudo, e... parece que tudo gira ao seu redor, tem que girar ao seu redor, você sempre quer ser o centro de tudo, e sabe de uma coisa? De pessoas assim eu não gosto— Ela franze um pouco os lábios.

— Você tá querendo dizer que...eu sou egocêntrica?— Questiono um pouco chateada.

— Pense como quiser, eu já disse o que queria e você não sabe o alívio...tava entalado aqui— Ela fala segurando a garganta.

— Eu não sou assim... você claramente não me conhece, tá tirando suas próprias conclusões sobre mim, se baseando em algo que é da sua cabeça— Digo com os lábios trêmulos— Eu sei reconhecer os meus erros, ok? Eu sei, e eu definitivamente acabei de te pedir desculpas! Tá? Eu errei, eu confesso, às vezes eu posso ser sim inconsequente, mas eu sempre reconheço, o que mais você quer que eu faça?

— Que você me deixe em paz, só isso que eu te peço, você acha que consegue?— Ela se aproxima da porta.

— Pra onde você tá indo?— Questiono com um ar meio atônito.

— Indo conversar com a Frankie, quero mudar de quarto, estar no mesmo ambiente que você já não me parece confortável— Ela responde imediatamente e sai.

Me sento na cama desolada, eu não sabia que ela pensa isso de mim...mas vai que o problema realmente sou eu.

Penso em conversar com a Lucy, porém ela com certeza está ocupada com o catálogo, e eu realmente quero conversar com alguém.

Saio do quarto e vou até a sala, rapidamente agarro o telefone e começo a discar o número do orfanato, em poucos segundos alguém me atende.

Alô?— Escuto a voz de Sol.

Oi Sol, é a Soledad

Sole! Como você tá? Como tá a Nadia e a Mica? Quer que eu passe pra Belén?

Não... depois eu falo com ela, passa pra Lucía, eu preciso falar com ela

Ah, espera um pouquinho... LUCÍA, TELEFONE PRA VOCÊ

Ai, Sol, não poderia ter afastado um pouco mais o telefone? Quase fiquei surda

Foi mal, aí vem a Lucía

...

Alô? Soledad?

Oi Lu, como você tá?

Bem! Melhor ainda que você ligou, novidades?

Eu tô com um probleminha...a Micaela

A Mica? O que ela fez?

Nada, eu que fiz

Céus amiga, o que você fez?

Eu disse uma coisa não muito legal e ela tá chateada comigo

Ah! Vai passar rapidinho, que nem a Jimena

Eu espero, não posso ficar assim com ela

Confia em mim

Eu confio, de olhos vendados

Mais novidades?

Sim... mas não quero ficar falando e falando dos meus problemas

Que na- ah, desculpa Sole, o Roña tá me chamando, faz assim, me liga mais tarde, ok?

Bom...ok, tchau

Tchau

A ligação se encerra e eu coloco o telefone em seu devido lugar.





01- Me desculpem pelo cap curto gente, tô um pouco desanimada pra escrever, a vontade de parar de escrever essa fic é grande, mas a de sumir é maior.

02- Vote e comente.

𝐼𝑁𝑆𝑈𝐹𝑅𝐼𝐵𝐿𝐸 𝐴𝑀𝑂𝑅||𝗕𝗮𝗿𝗿𝗮𝗰𝘂𝗱𝗮Onde histórias criam vida. Descubra agora