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𝗘𝗡𝗧𝗘𝗗𝗜𝗔𝗗𝗔, encaro o teto do quarto, pensando em várias coisas, de como teria sido se meus pais não tivessem morrido

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𝗘𝗡𝗧𝗘𝗗𝗜𝗔𝗗𝗔, encaro o teto do quarto, pensando em várias coisas, de como teria sido se meus pais não tivessem morrido.

Odeio me sentir triste, e essa onda de melancolia.

Então, levanto da cama e saio do quarto, chegando na pequena área de lazer que temos, encontro Guille desmontando cuidadosamente um relógio.

— Oi Guille, o que tá fazendo?— Pergunto e o moreno ajeita os óculos antes de me olhar.

— Só tentando concertar esse relógio, parou de funcionar hoje mesmo— Responde e eu fico interessada.

— Ah, você é bom em mexer com essas coisas?— Sorrio.

— Muito— Ele continua concentrado.

— Você sabe onde a Micaela tá?— Guille suspira ao me ouvir falar novamente.

— Não, eu não sei, agora você pode me deixar tranquilo? Tô ocupado— Fico meio surpresa ao ver o aborrecimento dele.

— Nossa, pensei que o único aqui me odiava era o Roña, e olha que ele disse que somos amigos— Falo.

Desculpa...o problema não é você— Ele suspira e retira os óculos enquanto deixa o relógio em cima da mesa.

— É o que então?— Pergunto.

— Não quero falar di- — Ele é interrompido por um estrondo alto na mesa de sinuca.

— A Micaela vai saber disso Guillermo— Barracuda diz mexendo nas bolinhas enquanto olha sério para nós dois.

— Saber do que? E o que você tá fazendo aqui mesmo?— Guille questiona o loiro de forma totalmente rude.

— Ficar de papinho com outra garota é liberal agora...humm, interessante— Ele diz e eu não posso deixar de rir.

— Barracuda, por favor, só estávamos conversando, e...por que isso te interessa mesmo?— Minhas sobrancelhas se juntam.

— Porque...por...por nada— Ele se irrita rapidamente.

— Então tchau querido; pode continuar falando Guille— Me viro para o outro garoto querendo continuar a conversa.

Barracuda só de pirraça se mete entre nós dois, ficando de frente para mim e de costas para Guille.

— Posso ficar pra ouvir, não?— O loiro pergunta com um sorriso falsamente inocente.

— Não, agora vai embora— Falo já estressada pela atitude dele.

Barracuda me ignora e continua parado esperando Guille e eu voltarmos a conversar.

— Tudo bem Soledad, depois conversamos— Guille pega o relógio e lança um olhar sério para Barracuda, os dois se encaram por alguns segundos antes de Guillermo sair.

— Qual o seu problema?— Pergunto o olhando.

— Eu não tenho nenhum problema— Ele responde com uma expressão de satisfação.

— Eu juro que um dia eu vou te matar e vou esconder muito bem o corpo, você não vai nem ter um enterro— Retruco.

— Ah Soraya, o que você pensa que vai ganhar com essas ameças vazias?— Ele me olha e eu fico com vontade de meter a mão na cara dele.

— Quer saber? Não vale a pena discutir com você, vai embora vai— O empurro levemente para fora da sala.

— Daqui eu não saio até falar com o Patrício, eu vim aqui pra isso— Barracuda se esquiva de minhas mãos.

—  O Patrício não tá, entendeu? N-ã-o t-á, agora pode ir embora— Falo e ele cruza os braços.

— Como assim? Se Barbarita disse que estava lá em cima— Ele nota minha mentira.

— Isso mesmo, estava mas ele saiu— Repondo.

— Ah sim? não me diga— Ele fala com uma expressão de quem não acreditou muito no que eu disse.

— Sim, te digo, e agora bye bye— Respondo, o loiro cruza os braços e se aproxima mais de mim, claramente tentando me intimidar.

— Vai embora ou eu te expulso agora mesmo com chutes— Falo e ele continua me olhando.

— Vai— Olho para cima e espero.

Ele murmura e finalmente sai, suspiro ainda lembrando de ter a sensação dele extremamente perto.

Vou até a cozinha para beber água e me acalmar, um dia esse garoto vai me fazer infartar só de raiva.

— O que foi?— Ouço a voz de Jimena atrás de mim enquanto pego um copo no armário.

— Barracuda— Falo e a garota revira os olhos.

— O que ele fez agora?— Pergunta.

— Não importa, mas ele já me deixou farta— Respondo pegando uma jarra de água na geladeira, e depois de alguns segundos Jimena ri.

De que você tá rindo?— Pergunto.

— Vocês dois estão brigando pra depois casarJimena diz com um sorriso.

Eu faço uma expressão de nojo e começo a beber minha água depois do absurdo que escuto.





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𝐼𝑁𝑆𝑈𝐹𝑅𝐼𝐵𝐿𝐸 𝐴𝑀𝑂𝑅||𝗕𝗮𝗿𝗿𝗮𝗰𝘂𝗱𝗮Onde histórias criam vida. Descubra agora