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- AUTORA -
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Gente, mil desculpa por ficar mais de um mês - dia 23 fez 1 mês - sem postar capítulos. Eu estava tentando melhorar a escrita e, para ser sincera, não gostei do resultado. Pelo menos como compensação, tem 4mil palavras kkkkkk

E como ERA férias, eu pensei que eu teria mais TEMPO pra escrever e tudo mais: Inocência a minha... 🤡...

Mas leiam, espero que gostem. Talvez eu o melhore futuramente, kkkkkkkk

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- 𝐐𝐔𝐀𝐂𝐊𝐈𝐓𝐘 -
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 Caminho apressadamente pelas ruas de Leky

 O setor está escuro como sempre, com apenas algumas lâmpadas fracas e trêmulas iluminando o caminho. Essas luzes dispensas projetam sombras longas e inquietantes nas paredes de tijolos desgastados pelo tempo.

 O silêncio da noite é quase absoluto, envolvente, quebrado apenas pelo som rítmico dos meus passos rápidos ecoando nas ruas desertas e pela minha respiração ofegante. 

 Paro por um momento, os olhos percorrendo as sombras longas, e olho para um beco estreito. A escuridão parece ainda mais densa ali, como se engolisse qualquer vestígio de luz. Tento enxergar além do breu, mas não vejo nada além de formas indistintas.

 Sem perder mais tempo, continuo a correr.

 — Droga, onde você está? — murmuro para mim mesmo, aumentando o ritmo dos meus passos.

 Enquanto corro, começo a deduzir possíveis lugares onde ele poderia estar. Tento correlacionar os fatos e pistas que coletei ao longo dos cinco míseros dias que ele ficou aqui. Ele sempre preferiu lugares onde pudesse se esconder, longe dos olhares curiosos. Lugares abandonados, especificadamente.

 — Pra falar a verdade, por que caralhos eu estou tão...

 Aumento o ritmo dos passos, sentindo a pressão da enxaqueca pulsar na minha cabeça como um martelo. Por algum motivo, a dor está piorando ultimamente.

 Finalmente, sou forçado a parar, recostando-me contra uma parede de tijolos desgastados. A superfície áspera e fria dos tijolos pressiona contra minhas costas, proporcionando um alívio momentâneo. Minha respiração sai em arfadas pesadas. Uma tosse seca escapa dos meus lábios, rasgando minha garganta, e ecoa na rua silenciosa.

 Fecho os olhos por um momento, tentando reunir forças, enquanto a enxaqueca continua a martelar implacavelmente. A escuridão atrás das minhas pálpebras oferece um pequeno refúgio do brilho doloroso das luzes trêmulas, mas sei que não posso parar por muito tempo. Preciso continuar a procurar encontrar ele.

 Não demoro muito para perceber uma respiração quente e úmida na minha perna. Olho para baixo e vejo um grupo de cachorros farejando o chão. Três deles, para ser mais exato. Suas caudas balançam em um ritmo descontraído enquanto exploram os arredores. Normalmente, eu me agacharia para acariciá-los, mas a preocupação que sinto é grande demais para me distrair agora.

 Um dos cães está mexendo em algo no chão com o focinho. Aproximo-me e vejo que é uma maçã. Fresca. Nós três havíamos roubado maçãs de uma comerciante local...

 Ao redor da maçã, percebo alguns dispositivos quebrados espalhados pelo chão. Eles parecem estranhos e bastante caros, não acho que é o tipo de coisa que o Garoto teria.

 Continuo a caminhar, dobrando algumas esquinas com passos mais apressados. As sombras se tornam mais densas, e a sensação de ser observado cresce. Provavelmente, aqueles garotos de Skizz estão envolvidos em alguma coisa. Não consigo afastar a sensação de que algo deu muito errado.

Cat and Mouse - Chaosduo QSMPOnde histórias criam vida. Descubra agora